António Capucho ao lado de Marco Almeida em jantar com 800 apoiantes

António Capucho poderá integrar as listas do movimento “Sintrenses com Marco Almeida”. O histórico militante do PSD e ex-presidente da Câmara Municipal de Cascais esteve ontem à noite ao lado do candidato independente à presidência da Câmara de Sintra, num jantar que reuniu cerca de 800 apoiantes, muitos dos quais militantes social-democratas.
Em declarações aos jornalistas, António Capucho explicou que esteve em Sintra como “simpatizante” da candidatura de Marco Almeida, mas deixou no ar a possibilidade de levar mais longe o seu apoio ao vice de Fernando Seara: “até ver, sou simpatizante da candidatura de Marco Almeida. Não quer dizer que mais logo não possa ser outra coisa. Como simpatizante, contam comigo. Tenho pouco que fazer em Cascais, estou reformado e o partido pôs-me no índex”. 
Questionado concretamente sobre a possibilidade de integrar as listas de Marco Almeida, Capucho deixou a porta entreaberta: “Não confirmo nem desminto. Estou disponível para me empenhar em eleições autárquicas gratuitamente, porque estou reformado. Como o partido não está interessado em mim e o Governo muito menos, e como também não aceito empregos, estou disponível para me empenhar em eleições autárquicas. Aonde, como e em que condições, logo veremos”, afirmou.
“Estou aqui por amizade ao Marco Almeida e por reconhecer as qualidades excecionais que ele tem para ser o presidente da Câmara de Sintra. Tem uma enorme experiência e a competência revelada ao longo destes últimos anos. Ao mesmo tempo, considero que o meu partido cometeu um erro inexplicável ao recusar, não sei com que fundamento, uma candidatura que era legítima e que era apoiada pela estrutura local do PSD e pela quase totalidade dos presidentes de junta. Considero que esta é a candidatura social-democrata em Sintra”, sublinhou ainda.
António Capucho deixou ainda duras críticas à escolha de Pedro Pinto para candidato do PSD à Câmara de Sintra: “ele não tem nada a ver com Sintra. Não tem qualquer experiência autárquica. Acho que foi uma birra do PSD, que neste momento se deve estar a arrepender desta decisão”.
Para o antigo conselheiro de Estado, a candidatura socialista também não é alternativa porque “em Sintra, Basílio Horta é um peixe fora de água”. “Com todo o respeito e amizade que tenho por ele, Basílio Horta não tem nada a ver com Sintra nem sabe nada de autarquias. Ele está fadado para outros voos. Os Sintrenses não são parvos: têm aqui um candidato com grande experiência, porque haverão de apostar num desconhecido?”