CDU de Sintra quer mais alternativas ao fecho da piscina de Ouressa

A piscina municipal de Ouressa (Algueirão-Mem Martins) fechou para obras e o vereador da CDU na Câmara de Sintra defendeu hoje o aumento de horários na piscina de Fitares (Rio de Mouro) para responder às necessidades dos utentes.
 
“Neste momento a oferta existente não cobre as necessidades colocadas pela afluência de munícipes que anteriormente usavam as piscinas de Ouressa, sendo muitas as situações em que os utentes se deslocam à piscina de Fitares e não conseguem ter a sua aula”, afirma, em comunicado, o vereador Pedro Ventura (CDU).
 
O autarca explicou, na reunião privada de câmara, que em consequência do fecho da piscina de Ouressa, no fim de maio, “não há aulas fixas de hidroginástica” em Fitares, e que os utentes só podem frequentar as aulas existentes desde que haja vagas, cerca de 30 alunos por aula.
 
“Sendo compreensível que não se possam aceitar mais alunos por aula porque o espaço disponível na piscina não permitiria fazer a aula nas devidas condições, não é aceitável que não tenham sido criados mais horários de hidroginástica”, critica o autarca, no comunicado.
 
Pedro Ventura defendeu a criação de mais um horário “das 9:20-10:00, que funcionou no ano passado”, uma vez que existem professores de Ouressa que estão deslocados em Fitares.
 
“É urgente resolver este problema, que se prende também com a contratação de mais profissionais das áreas de fisioterapia e hidroginástica, porque os alunos de Ouressa não podem continuar a ser duplamente prejudicados pelo encerramento da piscina”, vincou o vereador.
 
O vice-presidente da autarquia, Rui Pereira (PS), explicou em declarações anteriores à agência Lusa que a piscina de Ouressa fechou devido à necessidade de “voltar a fazer outros balneários”, depois de terem sido detetados problemas estruturais no edifício.
 
A piscina já esteve antes fechada por “problemas de manutenção dos equipamentos”, entretanto resolvidos, mas as deficiências atuais “têm a ver com a construção do edifício”, adiantou o autarca.
 
Rui Pereira admitiu que as obras fiquem prontas “dentro de um mês” e que o equipamento reabra “ainda este ano”.
 
A Educa, empresa municipal que geria equipamentos educativos e desportivos, foi extinta e internalizada na câmara, deixando duas centenas de utentes sem hidroterapia, mas o vice-presidente garantiu que já está em curso a contratação de fisioterapeutas.
 
Desde o início de setembro que os frequentadores das piscinas municipais de Monte Abraão, de Mira Sintra e de Ouressa aguardam para retomar, após o período de férias, as sessões de hidroterapia, indicada, entre outros fins terapêuticos, no tratamento de lesões ósseas e musculares.