CP anuncia reposição de quatro comboios rápidos na Linha de Cascais

A CP-Comboios de Portugal decidiu repor quatro dos 51 comboios que foram suprimidos na Linha de Cascais fora da hora de ponta, no passado domingo, disse hoje à agência Lusa a porta-voz da empresa.
 
"Desde o início que dissemos que íamos monitorizar a situação e dado que os autarcas se manifestaram e reuniram connosco, chegámos a esta conclusão, de forma consensual, de repor quatro comboios rápidos, dois até Cascais e outros dois até Oeiras", disse à agência Lusa a porta-voz da CP, Ana Portela.
 
A responsável adiantou que a hora de ponta, que antes vigorava entre as 17:00 e as 20:00, foi alargada até às 20:30.
 
"Nesse período após as 20:00 vão circular mais quatro comboios rápidos (dois para Cascais e dois para Oeiras). Quer isto dizer que em vez de termos suprimido 51 comboios, foram só 47", explicou Ana Portela.
 
A nova medida, acrescentou, deverá entrar em vigor a partir de 01 de fevereiro.
 
O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, congratulou-se, entretanto, com a decisão da CP, mas alertou para a "necessidade urgente" de investimento naquela linha ferroviária.
 
"O secretário de Estado dos Transportes garantiu que o processo de investimento na Linha de Cascais é uma prioridade do Governo na Área Metropolitana de Lisboa e, nesse sentido, foi já transmitido à nova administração da REFER, empossada há dias, as orientações que levarão, a muito curto prazo, a conduzir o processo de investimento e de concessão de serviço na linha", acrescentou Carlos Carreiras, numa nota escrita enviada à Lusa.
 
Desde domingo que a Linha de Cascais passou a ter menos 51 comboios - os que faziam o trajeto rápido entre as 10:00 e as 17:00 - e novos horários de circulação.
 
Na Linha de Cascais, que liga a vila ao Cais do Sodré, em Lisboa, passando ainda por Oeiras, circulavam 251 comboios por dia e agora circulam 200.
 
A decisão, segundo a CP, surgiu após uma análise feita à procura daquela linha férrea, em que se constatou que o volume total de passageiros naquele período, cerca de 11 por cento, não justificava a frequência de comboios rápidos.