Escola Portuguesa de Arte Equestre inicia demonstrações nos jardins do Palácio de Queluz

A Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE) inicia nesta quarta-feira de manhã demonstrações nos jardins do Palácio de Queluz, anunciou a Parques de Sintra - Monte da Lua. (PSML) que gere o monumento nacional.
Nos jardins participam 11 cavalos lusitanos, que serão montados por oito cavaleiros que executarão passos a solo, ares altos, rédeas longas e carrossel, disse à Lusa fonte da PSML. Os cavaleiros vestem casaca e usam tricórnio, segundo o figurino do século XVIII.
A escola tem a seu cargo 49 cavalos lusitanos, criados na Coudelaria de Alter do Chão, no Alto Alentejo, criada em 1748 por D. João IV.
Estes cavalos distinguem-se por diversas características físicas, como uma “garupa forte e arredondada” ou “espáduas compridas, oblíquas e bem musculadas”, segundo o padrão referenciado pela Associação de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano.
O cavalo lusitano é muito concentrado e tem especial aptidão para os exercícios e alta escola equestre e ainda para o combate, a caça, o toureio ou o maneio de gado, refere a mesma associação.
As apresentações da EPAE “acontecerão regularmente todas as quartas-feiras, sempre às 11.00, durante cerca de meia hora”, disse à Lusa a mesma fonte.
A EPAE, fundada em 1979, tem sede no palácio que foi residência régia de veraneio e, segundo a PSML, tem como objetivos “promover o ensino, a prática e a divulgação da arte equestre tradicional portuguesa e recuperar a tradição da Real Picaria”.
A Real Picaria foi a academia equestre da corte portuguesa no século XVIII, que usava o Picadeiro de Belém, atual Museu dos Coches, em Lisboa.
O Governo entregou em setembro do ano passado a gestão da Escola à PSML.
Atualmente, segundo comunicado da PSML, “encontra-se em desenvolvimento o projeto de recuperação das instalações, com o objetivo de melhorar as condições de trabalho, alojamento dos cavalos, acolhimento de visitantes e apresentações ao público”.
Desde novembro passado, a EPAE é dirigida por Teresa Abrantes, que integrou a equipa que geriu e reestruturou o Hospital Escolar da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, sendo picador chefe o cavaleiro João Pedro Rodrigues, que faz parte da escola desde 1980.