Oeiras acolhe consórcio para a investigação em agricultura, floresta e saúde animal

O consórcio AGRO-TECH, vocacionado para a investigação nas áreas da agricultura, floresta e saúde animal, foi formalmente criado com a publicação de uma portaria em Diário da República, e vai ter sede no cocnelho de Oeiras.
 
Do consórcio fazem parte o Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET).
 
Cabe ao AGRO-TECH, com sede em Oeiras, "promover a investigação e o desenvolvimento experimental, incluindo atividades em campo e estufa".
 
O consórcio deverá "estimular a investigação" na floresta, na vinha e no vinho, no olival e azeite, nas leguminosas e nos cereais e promover "a aplicação dos novos conhecimentos" na agricultura.
 
A investigação terá de "avaliar o comportamento" das espécies vegetais, no atual quadro das alterações climáticas e na necessidade de diminuição das emissões de dióxido de carbono e de aumento da sustentabilidade da produção agroflorestal.
 
Compete ainda ao AGRO-TECH incentivar a investigação "sobre doenças emergentes nos animais, incluindo as zoonoses, de elevado risco para a saúde humana e de consequências económicas devastadoras para as regiões afetadas", bem como promover o estudo sobre "a produção de recursos renováveis, e a sua conversão em alimentação humana e animal", e de produtos farmacêuticos de base biológica e bioenergia.
 
Segundo a portaria, o consórcio terá a seu cargo a produção de vacinas e métodos de diagnóstico, para as áreas da sanidade vegetal, segurança alimentar e saúde animal, e apoiará a formação especializada de técnicos e investigadores, nomeadamente em agrobiotecnologia, agroindústria e floresta.
 
O consórcio tem, até finais de novembro, de apresentar aos ministros da Ciência e da Agricultura um plano estratégico, que defina, designadamente, a orientação para as áreas científica, pedagógica e financeira e a cooperação nacional e internacional com outras entidades, inclusive com as da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
 
O diploma é assinado pelos ministros da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Capoulas Santos.
 
A criação do consórcio foi aprovada, em março, pelo Governo.