Protesto com pouca adesão na secundária de Santa Maria, Sintra, pela escola pública

Duas dezenas de estudantes da Escola Secundária de Santa Maria, em Sintra, protestaram hoje, durante pouco mais de um quarto de hora, em defesa da escola pública e por melhores condições no estabelecimento de ensino.
 
"Mais investimento na escola pública" e "melhor educação, melhor futuro", foram algumas das mensagens dos poucos cartazes empunhados por um grupo de estudantes à porta da escola na Portela de Sintra.
 
A concentração foi convocada pela Associação de Estudantes da Escola Secundária de Santa Maria, para protestar contra "a falta de funcionários, de professores, bem como os sucessivos cortes no orçamento da Educação", mas não despertou grande interesse juntos dos alunos que iam saindo do estabelecimento.
 
"Os cortes na educação, que desde 2011 já somam 1.330 milhões de euros, têm degradado a qualidade do ensino e a vida dos estudantes", criticava-se no panfleto distribuído aos alunos, acrescentando: "se o Governo PSD/CDS assegura milhões à banca e diz não ter dinheiro para a Educação, algo está muito errado".
 
Nuno Godinho, da associação de estudantes, explicou que a escola já só tem carência de alguns professores, mas "tem um problema com a falta de 16 funcionários e com a degradação das instalações, com infiltrações".
 
Apesar das obras recentes na escola, o aluno explicou que "o pavilhão de educação física, sempre que chove, não dá para fazer nada".
 
Após a leitura do documento de apelo "ao direito a estudar", e a convidar para o "dia nacional de luta pela defesa da Edução Pública, Gratuita e de Qualidade", no próximo dia 23 de outubro, nas escolas e na rua, o protesto desmobilizou, a pedido de funcionários para que não fossem perturbadas as aulas que estavam a decorrer.