Sintra apela à população para não depositar lixo na rua durante greve na recolha

A Câmara de Sintra apela à população para que evite a deposição na rua dos resíduos domésticos, enquanto durar a greve dos trabalhadores da recolha do lixo do município.

Em comunicado, a autarquia refere que “a greve pode afetar o normal funcionamento do sistema de limpeza e recolha de lixo nas freguesias de Sintra, nas freguesias rurais e em Rio de Mouro, Algueirão-Mem Martins e Casal de Cambra”.

Por isso, acrescenta, “evite colocar os sacos no chão de forma a evitar a propagação de lixos pela via pública. Se possível, separe e acondicione devidamente os seus resíduos domésticos durante o período da greve”.

Na mesma nota, a edilidade promete “desenvolver todos os esforços com o objetivo de minimizar as eventuais consequências desta greve para a população”. “A partir de sexta-feira a autarquia tudo fará para a rápida normalização do sistema de recolha de lixo”.

A paralisação convocada pelo STAL entre 08 e 11 de abril pretende defender remunerações, direitos e postos de trabalho no processo de extinção da HPEM, empresa municipal da recolha de resíduos e limpeza urbana em Sintra.

A Câmara de Sintra, em comunicado divulgado na terça-feira, também salientou que "a reorganização do setor empresarial local é uma imposição da lei 50/2012" e que o município terá que assegurar, através da internalização da HPEM na autarquia e nos SMAS, "a manutenção dos postos de trabalho e a prestação dos serviços públicos fundamentais".

A Câmara adiantou que a administração dos SMAS já reiterou, em 27 de março, que todos os trabalhadores afetos à recolha e transporte de resíduos, como motorista ou cantoneiro, serão integrados nos serviços "nas carreiras de assistente operacionais, a desempenhar as mesmas funções".

Além de assegurar "todas as remunerações previstas na lei", os horários de trabalho "foram ajustados de acordo com as reivindicações dos trabalhadores, pelo que não faz sentido o STAL invocar este argumento", lê-se na nota camarária.

A administração dos SMAS decidiu ainda que os horários "seriam reavaliados assim que se obtivesse o parecer sobre a realização dos turnos", mas como o parecer da Associação dos Trabalhadores da Administração Local só chegou a 04 de abril, o ajustamento dos turnos "no dia 09" fica adiado "devido à atual greve".

A paralisação teve início no turno das 23:00 de segunda-feira, segundo o STAL com a adesão de 100%, ficando por recolher os resíduos nas freguesias de Sintra, Algueirão-Mem Martins, Rio de Mouro, Casal de Cambra e zonas rurais.

As zonas mais populosas do Cacém, Agualva, São Marcos, Mira Sintra, Queluz, Monte Abraão e Massamá não vão ser afetadas pela greve, uma vez que os resíduos são recolhidos por uma empresa privada.

A Assembleia Municipal de Sintra aprovou, a 28 de fevereiro, a reorganização do setor empresarial do município. A HPEM e a Educa (equipamentos educativos) foram extintas e a SintraQuorum (equipamentos culturais) objeto de reestruturação.