Teatro da Trindade reabre com o musical 'Esta Vida é Uma Cantiga'

O Teatro da Trindade, em Lisboa, reabre com o musical “Esta Vida é Uma Cantiga”, de Henrique Feist e Vítor Pavão dos Santos, que conta com a participação especial de Simone de Oliveira e de Anita Guerreiro.
À Lusa, fonte da Fundação Inatel, proprietária do teatro, afirmou que se trata de um “espetáculo que é uma celebração da música do teatro de revista, através de cantigas que se foram buscar aos mais de 150 anos que o género teatral teve de vida em Portugal”.
Henrique Feist, FF, Anabela, Wanda Stuart completam o elenco, sendo a direção musical e artística de Henrique Feist.
O título do musical foi encontrado numa das canções da revista “O dia da espiga”, que se estreou em 1929.
Hoje, a sala do Trindade abre ao público com a plateia e o primeiro balcão restaurados, e “um novo sistema de climatização da sala principal”, disse a mesma fonte.
As obras de remodelação, iniciadas em novembro passado, exigiram um investimento de 800 mil euros e permitiram criar “novos acessos diretos à sala de espetáculos para pessoas com mobilidade reduzida”.
A sala principal passa também a ter seis lugares para pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada.
“Não visíveis, mas de igual importância, são as intervenções que se referem às medidas de segurança contra incêndios, passando assim o Trindade a ser mais cómodo, acessível e seguro”, disse à Lusa fonte da Fundação Inatel, proprietária do edifício desde 1962.
O teatro passa a ter “sistemas energeticamente mais eficientes”, resultado da remodelação das instalações de climatização e ventilação.
As obras renovaram também a rede de água de combate a incêndios, para uso de emergência, e foi feita a “compartimentação corta-fogo de espaços interiores, de acordo com as normas Segurança Contra Incêndios em Edifícios”.
O Teatro da Trindade, desenhado pelo arquiteto Miguel Evaristo de Lima Pinto, foi inaugurado em 1867 e resultou de uma iniciativa do empresário e diretor teatral Francisco Palha.
Ao longo de mais de um século o Teatro da Trindade acolheu diferentes projetos, como a companhia Os Comediantes de Lisboa, de Francisco Ribeiro (Ribeirinho), o Teatro Nacional Popular ou a Companhia Portuguesa de Ópera.