Unidade de AVC do Hospital Garcia de Orta mais perto da urgência e com mais médicos

 

A Unidade de AVC (acidentes vasculares cerebrais) do Hospital Garcia de Orta (Almada) vai passar a funcionar perto da urgência geral, com médicos neurologistas e internistas, a partir de Janeiro, revelou hoje à Lusa a directora clínica, Ana França.
"A partir de Janeiro esperamos ter uma equipa multidisciplinar de sete ou oito médicos neurologistas e de medicina interna, para que seja possível garantir o tratamento dos doentes com AVC 24 sobre 24 horas", disse. 
Ana França salientou também que a Unidade de AVC do Hospital Garcia de Orta vai passar a funcionar mais perto dos cuidados intensivos da urgência, o que permitirá "maior apoio e vigilância aos doentes em situação de maior instabilidade".
A directora clínica do hospital, que falava à Lusa na sequência de notícias sobre a falta de médicos neurologistas – o que, por vezes, obriga ao encaminhamento de doentes com AVC para outros hospitais - assegurou que esses doentes nunca deixam de receber o tratamento adequado.
"Os doentes com AVC são logo encaminhados pelo INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica] para outras unidades hospitalares", frisou.
Ana França salientou também que o Hospital Garcia de Orta está a desenvolver esforços para que a situação seja resolvida já no próximo mês de Janeiro.
"Temos quatro, cinco médicos nesta unidade, mas precisamos de mais três ou quatro, para completarmos a equipa e evitar que se repitam as falhas que têm acontecido no preenchimento da escala", disse.
Ana França disse ainda que o reforço de médicos não passa necessariamente pela contratação de mais neurologistas, dado que o tratamento inicial dos doentes com AVC também pode ser assegurado por médicos internistas, como acontece em muitos outros hospitais. 
"No Hospital Garcia de Orta vamos ter também uma equipa de neuroradiologia, que nos vai dar cobertura, como já aconteceu algumas vezes, fazendo a remoção directa dos trombos [sangue coagulado no interior dos vasos sanguíneos], não por medicamentos mas mecanicamente, através da angiografia", acrescentou.