Adepto do Benfica condenado a 18 meses de prisão

 

Hugo Inácio, adepto do Benfica que já tinha antecedentes criminais, foi hoje condenado pelo Tribunal de Pequena Instância de Lisboa a 18 meses de prisão efetiva, com pena acessória de privação de entrar em recintos desportivos. 
No entender da juíza Alice Moreira, “uma mera sanção com multa não se revela suficiente” para punir o arguido, de 38 anos, com vários antecedentes criminais, entre os quais um crime de homicídio.
A juíza considerou provada a agressão, com uma cadeira, de Hugo Inácio ao agente policial Jorge Miguel Carrilho, a 07 de novembro, após o jogo Benfica-Spartak de Moscovo (2-0), da Liga dos Campeões de futebol, durante confrontos entre as claques dos dois clubes.
“As sucessivas condenações não fizeram o arguido pensar em alterar comportamentos”, afirmou a juíza durante a leitura da sentença, que Hugo Inácio ouviu do lado de fora da sala, por ter chegado já perto do final.
Hugo Inácio foi o autor do disparo mortal do “very light”, que, em 1996, matou Rui Mendes, adepto do Sporting, na final da Taça de Portugal entre Benfica e o clube de Alvalade.
Segundo a juíza, Hugo Inácio, que até junho deste ano cumpriu uma pena de prisão de seis anos, “tem de entender, de uma vez por todas, que estes comportamentos não são toleráveis”.
No final da sessão, a mãe do arguido mostrou-se contra a sentença, facto que motivou a juíza a ordenar a sua saída da sala.
“Vou recorrer, nem que seja a última coisa que faço na vida”, afirmou a mãe de Hugo Inácio.
Tanto o arguido como a advogada se recusaram a indicar se vão recorrer da sentença.