A Assembleia de Freguesia do Cacém condenou a decisão da Câmara Municipal de Sintra de cobrar o estacionamento na chamada Parcela M do Polis do Cacém, junto ao túnel da Avenida dos Bons Amigos. Como o JR noticiou na sua última edição, a gestão do espaço, nas imediações das instalações do Jardim de Infância Popular, vai passar para a Empresa Municipal de Estacionamento de Sintra, à semelhança do parque de estacionamento junto ao Departamento de Urbanismo, na Portela de Sintra.
Em moção apresentada por PS e CDU, que mereceu a abstenção dos eleitos da ‘Mais Sintra’ (PSD/CDS-PP), a Assembleia de Freguesia considera que esta decisão vai lesar "os utentes das zonas menos centrais da cidade, que provisoriamente utilizam o espaço para acesso ao comboio, bem como os moradores das zonas envolventes que utilizam o parqueamento para estacionarem as suas viaturas". O estacionamento gratuito é um incentivo à utilização do transporte público e facilita o acesso aos espaços comerciais e serviços da zona central da cidade.
"O actual parque de estacionamento funciona sem outros problemas que não sejam o excesso de procura, existente desde que sofreu uma redução significativa de espaço com a criação de um estaleiro provisório para as obras da REFER", pode ler-se na moção. Para os eleitos locais do Cacém, o argumento invocado para a cobrança da tarifa de estacionamento, o de garantir a rotatividade, "cai por terra" com a abertura em breve do silo situado junto à estação de comboios.
O assunto foi levado à sessão da Assembleia Municipal de Sintra, realizada no dia 26 de Junho, pelo deputado socialista Casimiro Cunha, para quem, tanto no caso de Agualva-Cacém como no da Portela de Sintra, "os munícipes das zonas menos centrais serão os mais lesados" com a cobrança do estacionamento.
A decisão camarária é justificada pela necessidade de "promover a regulamentação do espaço e a rotação de lugares, evitar estacionamentos inadequados, impedir a saturação do estacionamento" e, além da criação de lugares reservados a pessoas com mobilidade reduzida, "dar um novo aspecto estético ao local". No caso de Agualva-Cacém, Fernando Seara justificou que, com a assunção da exploração do silo junto à estação, o que irá ocorrer em breve, "tem que se assumir a gestão do estacionamento na proximidade".