A Câmara da Amadora reforçou durante o fim de semana a recolha de resíduos no município e apelou à população para que evite depositar o lixo na via pública até quinta-feira, durante o período de greve na Valorsul.
"Reforçámos as equipas no fim de semana para permitir recolher o mais possível os resíduos que estavam nos contentores", explicou fonte da Câmara da Amadora, acrescentando que hoje não haverá recolha de resíduos e que, durante a semana, "a situação será gerida dia a dia".
Em comunicado, divulgado na sua página na Internet, a autarquia comunicou à população que, devido à greve dos trabalhadores da Valorsul, entre a 00:00 de dia 17 de março e a meia-noite de dia 20, a Câmara "não terá condições para a normal recolha dos resíduos, visto estar incapacitada de os depositar posteriormente".
Pedindo compreensão para "possíveis incómodos" pela redução da capacidade de recolha, a autarquia apela à população "para que os resíduos sejam armazenados em sacos devidamente fechados".
Se o contentor perto da residência estiver cheio, os sacos não devem ser colocados no chão, "de modo a evitar a propagação de lixos pela via pública", aconselha a autarquia.
A Câmara informa, ainda, que os 19 municípios acionistas da empresa Valorsul "manifestaram a sua oposição à privatização dos capitais da EGF (Empresa Geral do Fomento), cuja privatização de 100% da participação do Estado foi aprovada no mês passado pelo Conselho de Ministros".
A EGF, "sub-holding" do grupo Águas de Portugal para o setor dos resíduos, detém 55,63 por cento do capital da Valorsul, instalada no concelho de Loures, e que serve 19 municípios da Área Metropolitana de Lisboa e da zona Oeste.