Amadora preparada para assumir gestão da Carris ao lado da Câmara de Lisboa

No mês em que a gestão da Carris passou para a Câmara Municipal de Lisboa, levanta-se a questão de como proceder com a rede, uma vez que a rodoviária não funciona apenas na cidade de Lisboa. Amadora, Almada, Odivelas, Oeiras e Loures, são outros concelhos abrangidos pelas suas carreiras. 
 
O PCP já fez saber que irá apreciar o diploma que decretou a municipalização da gestão da empresa, que António Costa inaugurou no primeiro dia de fevereiro, e apresentar alterações. Uma delas pode ser propor que todos os concelhos abrangidos pela rede partilhem a sua gestão.
Questionada pelo jornal Público sobre esta hipótese, Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora, confessa que vê como uma “mais-valia a entrega da gestão da Carris à Câmara de Lisboa”, por se manter a empresa na esfera pública, ao invés de ser privatizada, e admite que faz todo o sentido a Amadora vir a ter “um papel efectivo na gestão conjunta dos serviços de transportes públicos rodoviários”. Como recorda a socialista, essa possibilidade decorre da legislação em vigor e das regras comunitárias, de acordo com as quais “em 2018/2019 terão de ser lançados concursos públicos para os transportes públicos rodoviários, pelo que a Carris deverá fazer parte da solução a encontrar ao nível da Área Metropolitana de Lisboa e, em particular, no concelho da Amadora”.