Amadora promove iniciativa porta-a-porta para sinalizar população sénior

A Câmara da Amadora promove, na tarde de quinta-feira, a terceira edição da iniciativa “AmaSénior Porta-a-porta”, que procura sinalizar situações de vulnerabilidade social junto da população mais idosa e divulgar os programas de apoio no município.
 
“O objetivo é sair para a rua, poder divulgar os muitos projetos para a população sénior e identificar ao mesmo tempo situações que possam existir de alguma vulnerabilidade social, essencialmente de isolamento, por parte dos idosos”, explicou à Lusa a presidente da autarquia da Amadora, Carla Tavares (PS).
 
A iniciativa, entre as 14:00 e as 18:00, vai decorrer em articulação com as comissões sociais de freguesia, instituições de solidariedade social, PSP e funcionários municipais, envolvendo cerca de 200 voluntários.
 
Segundo a presidente da autarquia, a iniciativa tem como alvo identificar pessoas que “não têm família ou outro tipo de apoio de retaguarda e que não estejam referenciados junto dos diversos serviços, desde as forças de segurança, a câmara, as juntas de freguesia e as instituições que trabalham com a população sénior”.
 
A iniciativa “AmaSénior Porta-a-porta” teve início em 2013 e permitiu georreferenciar as situações de pessoas com diferentes tipos de necessidade de acompanhamento pelos serviços sociais e entidades públicas.
 
“Quando falamos de população sénior, muitas vezes falamos de pessoas que vivem em situação de grande isolamento, e não lhes chega a informação dos programas que existem na cidade para melhorar a sua qualidade de vida, desenvolvidos pela câmara, pelas juntas e por outras instituições”, frisou Carla Tavares.
 
Apesar de reconhecer que os folhetos e as redes sociais “são meios de comunicação importantes”, a autarca acrescentou que, no caso da população sénior, “com a rede social, com as comissões sociais de freguesia, com a PSP é muito mais fácil conseguir chegar a mais pessoas”.
 
De acordo com os dados estatísticos dos Censos de 2011, a população da Amadora tem vindo a envelhecer, uma vez que “das cerca de 175.000 pessoas que residiam no município, 19% do total da população tinha idade superior a 65 anos (aproximadamente 33.300 pessoas), dos quais 42% tinha idade acima dos 75 anos (14.000 pessoas)”, informou a autarquia.
 
Perante estas alterações demográficas, associadas a situações de grave carência socioeconómica e ao aumento de seniores sozinhos, a autarquia tem promovido “projetos no âmbito da ação social, como forma de promoção do envelhecimento ativo, de combate ao isolamento e à solidão e de integração social”.
 
Entre os vários projetos desenvolvidos pelo município estão o sistema telefónico de assistência permanente, as oficinas multisserviços, as linhas de apoio municipal de saúde e de apoio social, os serviços de apoio domiciliário, o apoio alimentar aos fins de semana e feriados e férias seniores veteranos.
 
Uma equipa técnica da Divisão de Intervenção Social da autarquia vai acompanhar toda a iniciativa para prestar apoio, esclarecer dúvidas e intervir em caso de necessidade.
 
“Este mecanismo tradicional do porta-a-porta ainda é muito interessante e acho que, da experiência dos anos anteriores, aquele que tem mais retorno e em que mais facilmente conseguimos chegar aos idosos”, admitiu Carla Tavares.
 
A iniciativa vai contar, entre os cerca de 200 voluntários, com trabalhadores municipais que costumam participar em programas regulares de voluntariado, que vão percorrer as seis freguesias do concelho.