A crise económica originou uma redução de 17% no lixo recolhido pela empresa multimunicipal Amarsul na Península de Setúbal em 2012, com o volume de negócios a descer cerca de um milhão de euros em relação ao ano anterior.
Segundo o relatório e contas de 2012 da empresa, a Amarsul recolheu em 2012 cerca de 513 mil toneladas de resíduos, o que significa uma quebra de 17% em relação ao ano anterior, com os municípios da região, responsáveis por 77% do total de resíduos (396 toneladas), a terem um quebra de 9%.
"Esta é uma situação que se regista a nível nacional e temos de viver com isso. A crise causou reduções no consumo e isso originou uma redução dos resíduos gerados. Temos de tratar e valorizar os resíduos existentes", disse à agência Lusa Cristina Saraiva, presidente do Conselho de Administração da Amarsul.
A Amarsul é uma empresa multimunicipal de recolha, tratamento e valorização de resíduos sólidos, em que 51% do capital é do Estado, através da EGF (Empresa Geral de Fomento), e 49% dos municípios da Península de Setúbal (Barreiro, Almada, Moita, Montijo, Alcochete, Seixal, Setúbal, Sesimbra e Palmela).
Do total de resíduos que entraram em 2012 na Amarsul, 74% dizem respeito a resíduos sólidos urbanos e equiparados municipais, que passaram de 414 toneladas em 2011 para 380 toneladas em 2012.
Todos os concelhos registaram uma quebra em relação ao ano anterior neste tipo de resíduos, com o Barreiro a apresentar os números mais elevados, com uma redução de 19% (de 37 mil toneladas para 30).
Segundo o documento, a Amarsul fechou o ano com uma quebra no volume de negócios de 4,6 por cento. Em 2011 o volume de negócios foi de 18,4 milhões, enquanto em 2012 foi de 17,5 milhões.