Arcade Fire, Lorde e homenagem a António Variações no Rock in Rio

O regresso dos canadianos Arcade Fire e a estreia da neozelandesa Lorde, em palcos portugueses, marcam hoje o Rock in Rio Lisboa, num dia em que o Palco Mundo recebe ainda uma homenagem ao músico António Variações.

O grupo canadiano encerra o Palco Mundo, às 23:55, com um concerto que terá por base "Reflektor", o mais recente álbum, editado em outubro.

Os Arcade Fire formaram-se há dez anos, em Montreal, tendo lançado o EP "Arcade Fire" (2003) e os álbuns "Funeral" (2004), "Neon Bible (2007) e "The Suburbs" (2010), que lhes valeu em 2011 o prémio Grammy de álbum do ano.

O grupo já atuou três vezes em Portugal, nos festivais Paredes de Coura e Super Rock.

Antes dos Arcade Fire, pelas 22:00, sobe ao Palco Mundo a cantora neozelandesa Lorde, que lançou em 2013 o álbum de estreia "Pure Heroine", que lhe valeu este ano dois prémios Grammy.

Considerada pela revista Time uma das mais influentes adolescentes de 2013, Lorde, de 17 anos, é o nome artístico de Ella Yelich-O'Connor, que assinou contrato discográfico em 2009, com 13 anos, e pouco depois lançou o EP "The love club EP", que inclui o tema "Royals".

O Palco Mundo arranca em português, às 19:00, com os Deolinda, os Linda Martini, Gisela João e Rui Pregal da Cunha, numa homenagem ao músico António Variações, que este ano completaria 70 anos.

Entre a homenagem a Variações e a estreia de Lorde, há ainda espaço para ouvir o britânico Ed Sheeran, 23 anos e uma mistura de pop, folk e hip-hop. Terá novo álbum, "X", a sair em junho.

Hoje, pelo palco Vodafone passam os portugueses Unifyer (16:45) e Capitão Fausto (18:00) e os ingleses Wild Beasts (20:00).

No terceiro palco, Eletrónica, as atuações arrancam apenas pelas 22:00, com os Ramboiage, e estendem-se até às 03:00 com Frivolous. Pelo meio, será possível assistir-se às atuações de Flow & Zeo, Apollonia e Benoit & Sergio.

Linkin Park tocaram para 68 mil pessoas

Os norte-americanos Linkin Park levaram na sexta-feira, tal como há dois e há quatro anos, milhares de adolescentes ao Parque da Bela Vista, onde decorre o Rock in Rio Lisboa, para os verem ao vivo.

Até às 23:00 entraram no recinto, de acordo com a organização, 68 mil pessoas. A grande maioria, verificou a Lusa, eram crianças e adolescentes, em grupo ou acompanhados pelos pais.

A banda norte-americana, que toca uma mistura de rap com rock pesado, subiu ao palco já perto das 23:00, tendo, sem muito esforço, conquistado a plateia.

Aos primeiros acordes de temas como "Shadow of the Day", "Numb", "In the End" e "Burn It Down", os espectadores respondiam com gritos e de braços levantados, antecipando os coros.

Em sinal de gratidão, um dos vocalistas, Mike Shinoda, chegou-se à frente do palco e lançou para a plateia uma série de CD com o primeiro single do novo disco, que, disse, "não está disponível em lado nenhum, nem mesmo na internet". "The Hunting Party" será editado a 16 de junho.

Com a bandeira portuguesa estendida em palco, a banda liderada por Chester Bennington e Mike Shinoda chegou, viu e venceu, mostrando assim porque marcou presença em três das seis edições do Rock in Rio Lisboa.

Por terem entrado em palco cerca de 20 minutos depois da hora prevista (22:30), os Linkin Park acabaram por atuar pouco mais de uma hora.

O público, com assobios insistentes pediu o regresso e a banda acedeu.

No 'encore', o DJ Steve Aoki, que tinha atuação prevista depois dos Linkin Park, entrou em cena para tocar com a banda o tema "A Light That Never Comes", do álbum "Recharge", que os norte-americanos editaram no ano passado.

Antes dos Linkin Park, atuaram os Queens of the Stone Age. "Vamos fazer uma noite para não esquecer", disse o vocalista, produtor e compositor, fundador da banda, Josh Homme, ainda a noite não tinha caído.

O músico percebeu que o público que tinha em frente não era o mesmo daquele que há um ano o acolheu num concerto no festival Super Bock Super Rock e, por isso, esteve mais comunicativo em palco, a cativar a audiência.

"Amo-vos", "são uma plateia incrível", "se pudessem ver o que vejo daqui", disse o vocalista, acrescentando mais tarde: "não há isqueiros, acendam os vossos telemóveis, quero ver as luzes", disse antes de começar a tocar "like clockwork", tema que dá nome ao último álbum.

Para muitos, o concerto foi um compasso de espera para a entrada em cena dos Linkin Park, para outros foi um reviver de canções como "My god is the sun", "Sick, sick, sick" e "No one knows".

Fotos: Agência Zero