ARS diz que novo Hospital CUF Sintra vai complementar oferta na saúde

A presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo considerou hoje, na apresentação do futuro Hospital CUF Sintra, que os vários prestadores "não competem entre si", mas se complementam na oferta de serviços.
 
"Os diversos prestadores de cuidados de saúde não competem entre si, mas antes se complementam para servir todos os segmentos da procura, assegurando a sustentabilidade" do sistema, afirmou Rosa Valente de Matos.
 
A presidente da ARS Lisboa e Vale do Tejo, que falava na apresentação do futuro Hospital CUF Sintra, no MU.SA - Museu das Artes de Sintra, acrescentou que os operadores privados "são parceiros estratégicos e complementares da oferta assegurada pelo Sistema Nacional de Saúde", tornando-o "mais robusto".
 
Para a dirigente da ARS, o investimento na área da saúde, também com a construção do futuro Hospital de Proximidade de Sintra, que funcionará em articulação com o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), contribuirá para aumentar a fixação de população e de empresas no município.
 
"No Hospital CUF Sintra vamos facilitar o acesso da população a uma unidade com uma oferta clínica diferenciada, dotada da mais moderna tecnologia de diagnóstico e tratamento, capaz de receber e tratar casos complexos, aliados a elevados níveis de conforto e qualidade de serviço, complementando a oferta de serviços de saúde existente no concelho", explicou Salvador de Mello.
 
O presidente do grupo José de Mello Saúde salientou que o projeto do novo hospital visa ampliar a oferta até agora prestada pela clínica CUF na freguesia de Algueirão-Mem Martins, que abriu em 2014, e apostar numa "resposta de proximidade" às populações.
 
O futuro hospital representa um investimento "de aproximadamente 30 milhões de euros" e vai "gerar 345 postos de trabalho", frisou Salvador de Mello.
 
A Clínica CUF Sintra realizou, nos últimos dois anos, cerca de 110.000 consultas e 212.000 exames de meios complementares de diagnóstico e terapêuticos, prestando assistência a cerca de 35.000 residentes no concelho, adiantou Rui Diniz, administrador do grupo José de Mello Saúde.
 
O novo hospital, repartido por três blocos, aproveitando o edifício da antiga Schering, vai oferecer consultas, meios complementares de diagnóstico, atendimento permanente geral e pediátrico, exames especiais, hospital de dia, bloco e internamento, numa área de mais de 13.600 metros quadrados e com 240 lugares de estacionamento.
 
A unidade terá 40 gabinetes de consulta, 15 salas de exames, seis gabinetes de atendimento permanente, para adultos e pediátrico, três salas de bloco, 30 quartos de internamento, com capacidade até 60 camas, e unidade de cuidados intermédios.
 
A inauguração das áreas de atendimento permanente, consultas, imagiologia e exames especiais está prevista no primeiro semestre de 2018 e Rui Diniz estimou que, quando a unidade estiver em funcionamento pleno, preste por ano assistência a cerca de 100.000 clientes, com a realização de cerca de 178.000 consultas e mais de 655.000 exames.
 
O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), considerou que o "interesse público" pode ser prosseguido pelo Estado e por entidades privadas e que o novo equipamento é "uma mais-valia para o concelho".
 
"Não há segurança das populações quando não têm acesso correto e atempado aos serviços de saúde", frisou o autarca, notando que o município, durante muitos anos, foi abandonado em termos de saúde.
 
O presidente da autarquia sublinhou que a construção do futuro Hospital de Proximidade de Sintra, recentemente objeto de acordo com os ministérios da Saúde e das Finanças, com o município a financiar a construção com 29,6 milhões de euros, vai concretizar "um grande sonho".
 
A oferta de resposta na área da oncologia pelo novo Hospital CUF Sintra irá também contribuir para prestar melhores cuidados de saúde "aos cerca de 430 mil sintrenses que estão inscritos no Serviço Nacional de Saúde", referiu Basílio Horta.