Assembleia Municipal de Cascais aprova gestão de fortes pela autarquia

A assembleia municipal de Cascais aprovou na quarta-feira à noite a gestão e exploração camarária de quatro fortes do concelho durante os próximos 50 anos, num investimento total de 4,7 milhões de euros.
 
A proposta foi aprovada com os votos favoráveis da maioria PSD/CDS-PP e do PS e com os votos contra da CDU, do Bloco de Esquerda e do movimento independente Ser Cascais.
 
Para o PS, a aquisição dos equipamentos é "uma mais-valia para a promoção cultural e turística".
 
Já para o Ser Cascais, "não ficou claro" a finalidade pretendida para os fortes.
 
Da mesma forma, a CDU considera que "a câmara não tem projetos de ocupação" para os espaços e que o negócio "vai comprometer as finanças dos munícipes nas futuras gerações".
 
O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, esclareceu que o objetivo do negócio "é tornar Cascais mais competitivo, mais atrativo e gerar mais postos de trabalho".
 
O Forte do Guincho ou Forte do Albano terá um custo de 935 mil euros, o Forte de São Pedro (Forte da Poça) implicará um investimento de 635 mil euros, semelhante ao do Forte de São João da Cadaveira.
 
De acordo com a proposta aprovada pelo executivo - com os votos favoráveis dos eleitos pela coligação PSD/CDS-PP e pelo PS -, é do interesse do município assegurar que os imóveis venham a ser utilizados para fins de interesse municipal, nas áreas da cultura, ambiente, turismo.
 
Já a cedência do Forte de Santo António custará cerca de 2,5 milhões de euros, "assegurando a sua recuperação e adaptação para finalidade de interesse público relacionadas com o Mar, Língua Portuguesa e Espaço Museológico".
 
O investimento em cada equipamento, segundo a autarquia, será repartido pelos anos em que o espaço estará sob gestão da câmara.
 
Os quatro fortes são propriedade do Ministério das Finanças.