Associação para pessoas com deficiência inaugura instalações na Amadora

 A Associação de Pais e Amigos de Deficientes Profundos – Amorama - inaugura, na quinta-feira, novas instalações na Amadora, permitindo apoiar mais utentes e criar novos postos de trabalho, anunciou fonte da instituição.
 
"É um equipamento importante para o concelho, pela resposta que dá a pessoas portadoras de deficiência", considerou, em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS).
 
As novas instalações da Amorama na urbanização Vila Chã orçaram em cerca de dois milhões de euros, comparticipados em 1.175.000 euros do POPH - Programa Operacional Potencial Humano, da Segurança Social, e em 354.000 euros pelo Programa de Apoio à Construção de Equipamentos Sociais da Câmara da Amadora.
 
Segundo José Reis, presidente da Amorama, a instituição fundada em 1988 "tem como objetivo a recuperação de portadores de deficiência", a partir dos 16 anos, nas valências de centro de atividades ocupacionais e de serviço de apoio domiciliário.
 
As novas instalações vão permitir voltar a disponibilizar uma resposta social para pessoas com deficiência e para as suas famílias na área de lar residencial, valência que tinha sido suspensa com as atuais instalações, explicou o dirigente da associação.
 
O município da Amadora cedeu o terreno para as instalações, comparticipou na construção e "vai lançar o concurso para os arranjos exteriores, no valor de mais 100.000 euros", adiantou a presidente da autarquia.
 
A associação presta atualmente apoio a 24 utentes no centro de atividades ocupacionais, que aumentarão para 28 e podem no futuro chegar a 60, destinando-se a pessoas com deficiência mental, proporcionando atividades de desenvolvimento pessoal e social e lúdicas.
 
O serviço de apoio domiciliário aumentará de 45 para 92, assegurando a prestação de cuidados individualizados no domicílio como higiene pessoal e habitacional, fornecimento de refeições, acompanhamento ao exterior e administração de medicação.
 
A valência de lar residencial, para pessoas impedidas, temporária ou definitivamente de residir no seu meio familiar, arranca com 22 utentes, admitindo-se que possa ser ampliada para 28.
 
"O novo edifício poderá permitir o aumento neste apoio para 188 utentes, além de criar 61 novos postos de trabalho", afirmou, em comunicado, a autarquia da Amadora, com base em informação prestada pela Amorama.
 
Para já, o presidente da instituição admitiu "mais 32 novos postos de trabalho", mas as contratações dependem ainda da concretização dos acordos a estabelecer com as entidades oficiais.
 
"As respostas são sempre curtas para as necessidades", reconheceu Carla Tavares, embora salientando que o concelho da Amadora possui instituições que prestam um apoio fundamental a portadores de deficiência.
 
Para José Reis, "as pessoas com familiares portadores de deficiência são verdadeiros heróis e a comunidade precisa de ser sensibilizada para esta realidade", frisou.