O presidente da Câmara de Cascais, responsável pelo vídeo “O que a Finlândia deve saber sobre Portugal”, disse hoje que enviou uma mensagem a Marcelo Rebelo de Sousa disponibilizando-se para produzir outro filme, agora destinado aos alemães.
Carlos Carreiras reagia à sugestão de Marcelo Rebelo de Sousa, que, no seu comentário habitual de domingo na TVI, propôs a realização de um filme sobre Portugal, à semelhança do que foi feito para os finlandeses, para ser divulgado na Alemanha por altura da visita da chanceler Angela Merkel a Lisboa, em Novembro.
“Foi com agrado que ouvi o professor Marcelo Rebelo de Sousa lembrar-se do vídeo que na altura a Câmara Municipal de Cascais lançou, aquando das conferências do Brasil, e estou a enviar-lhe um SMS a dizer que temos todo o interesse em continuar a colaborar”, disse Carlos Carreiras à agência Lusa.
Embora admita ser cedo para definir uma mensagem principal a passar aos alemães, o autarca afirmou que a ideia “passará sempre pela afirmação de Portugal no mundo, por aquilo que Portugal pode fazer para ajudar a Europa a reinventar-se”.
Ainda assim, Carlos Carreiras adiantou esperar ter a contribuição de Marcelo Rebelo de Sousa.
“Acredito que, com a genialidade do professor Marcelo, este vídeo sairá ainda melhor e terá um efeito ainda mais positivo do que o vídeo da Finlândia”, sublinhou
O filme dedicado à Finlândia, amplamente divulgado no verão do ano passado através das redes sociais, salientava as glórias portuguesas e recordava a ajuda à Finlândia em 1940.
O filme começava por lembrar que a bandeira finlandesa actual foi a portuguesa há oito séculos e terminava com a recordação de uma das maiores campanhas de voluntariado em Portugal, feita em 1940 a favor de “um país periférico, pobre e esfomeado”: a Finlândia.
Ao longo de quase sete minutos, o filme fazia referências à antiguidade de Portugal, à difusão da língua portuguesa e dos portugueses pelo mundo, a invenções nacionais como o compasso marítimo, os canhões, a vela latina, o bacalhau salgado e a via verde e apresentava a capacidade de mobilização do Benfica.
Apresentado nas conferências do Estoril em 2011, o vídeo foi aplaudido de pé e acabou por ser alvo de elogios do ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros.
“O nosso vídeo foi feito com meios próprios, da câmara municipal, e, portanto, ficou muito barato, não teve grande envolvimento financeiro”, referiu hoje Carlos Carreiras, afastando a hipótese de ser preciso reunir grande financiamento.