O candidato do PSD/CDS-PP à Amadora, Carlos Silva, acusou hoje a atual presidente da autarquia de "se calar" por ser da mesma cor política do Governo e criticou a recente viagem de comboio do primeiro-ministro ao município.
Na apresentação da sua candidatura à Câmara Municipal da Amadora, Carlos Silva definiu a autarquia como "estagnada, perdida e ultrapassada".
"Comigo como presidente de Câmara, a Amadora não se calará como a atual presidente de Câmara se tem calado apenas porque o Governo é da sua cor política", criticou.
Como exemplos, o candidato e deputado do PSD questionou "onde estava a voz da Amadora" quando os cortes na área da saúde levaram à demissão da direção clínica do Hospital Amadora-Sintra ou três estações de metro previstas para o concelho "foram colocadas na gaveta".
Carlos Silva evocou também a recente viagem do primeiro-ministro, António Costa, à Amadora, para a apresentação da recandidatura da atual presidente de Câmara Carla Tavares.
"Para o dr. António Costa, uma carruagem de comboio na Amadora é uma fotografia, para os moradores da Amadora é um suplício", criticou, acusando o primeiro-ministro de "ter faltado ao respeito" aos que todos os dias lidam com "os atrasos, insegurança e falta de condições" desse meio de transporte para chegar ao trabalho.
Entre as propostas para o concelho, Carlos Silva apontou a redução do IMI para a taxa mínima e a descida do preço da água, bem como a criação de um sistema de transportes interfreguesias.
A criação de um cheque-desporto, apresentado como um financiamento a todas as famílias para que coloquem os jovens a praticar desporto nos clubes locais, foi outra das propostas apresentada pelo candidato apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP
Antes, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, recordou a sua própria candidatura à Câmara da Amadora há 20 anos, concelho onde viveu durante quase 17 anos.
"Abanámos as coisas o suficiente para que a Amadora nesse ano tivesse posto termo a uma governação que durante muitos anos a CDU aqui fez e que não deixou uma boa herança", disse, considerando que "20 anos depois o PS oferece um legado que não é muito diferente".
Passos Coelho apelou ao voto dos abstencionistas, numa eleição que "não será fácil", dizendo que "está na hora de o PS ceder o seu lugar" neste município.