Autárquicas: Munícipe António Costa promete votar no recandidato Basílio Horta

O secretário-geral do PS prometeu ao presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, que pode contar pelo menos com “um voto a mais” na sua recandidatura em outubro, porque voltou a ser eleitor no município.
 
“Se mais não for, pelo menos desta vez tem um voto a mais do que aquele que teve há quatro anos atrás, que é o meu, porque dessa vez ainda votava ali ao lado e agora já voto aqui, outra vez no concelho de Sintra, e esse está garantido, no dia 01 [de outubro] conta com o meu voto”, afirmou António Costa.
 
O líder do PS, que falava na apresentação oficial da recandidatura de Basílio Horta à presidência da autarquia, no Parque Felício Loureiro, em Queluz, desejou num “novo mandato com muita energia”.
 
“Espero que alguém avise se o Ronaldo marcar um golo”, começou por dizer António Costa, quando subiu ao palco montado ao lado de uma tela onde momentos antes deixara de ser exibida a segunda parte do jogo Portugal-Chile, das meias-finais da Taça das Confederações, que os chilenos venceram no desempate por grandes penalidades.
 
O também primeiro-ministro salientou a recente iniciativa de Basílio Horta de conseguir assinar um acordo de colaboração com os ministros da Saúde e das Finanças para a construção do futuro Hospital de Proximidade de Sintra.
 
O município vai financiar com 29,6 milhões de euros a construção do novo hospital, assumindo o Estado central o equipamento e funcionamento da unidade, em articulação com o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e António Costa contou que Basílio Horta convenceu o seu Governo com o desafio: “Eu pago, os senhores ou vêm, ou eu vou sozinho”.
 
O ex-presidente da Câmara de Lisboa elogiou depois a “boa gestão que tem mudado o concelho de Sintra, um concelho que estava parado e congelado, onde nada acontecia”, e a “boa gestão financeira que não é só para as contas serem bonitas”, mas para proporcionar “melhores condições para servir as populações”.
 
António Costa admitiu ser difícil “encontrar um presidente de câmara que seja menos exigente” do que Basílio Horta, mas ironizou que, enquanto primeiro-ministro é “vítima, mas ao mesmo tempo”, como munícipe, também é “beneficiado com a persistência” do autarca.
 
O presidente da autarquia assumiu estar honrado em recandidatar-se pelo PS, esse “partido da liberdade e da solidariedade”, e que o principal motivo para voltar a disputar eleições se resume em “servir Sintra e os sintrenses”.
 
Reconhecendo que na sua longa carreira foi “praticamente tudo o que um político pode ser”, Basílio Horta, 73 anos, apontou a sua “ambição de servir a comunidade” e “continuar o trabalho” desenvolvido.
 
Perante uma assistência em que marcou presença o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, o recandidato socialista prometeu manter a eficiência financeira, mas tentar reduzir o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para valores mais perto da taxa mínima aplicada na capital.
 
A criação de emprego e o reforço da ação social foram outras áreas destacadas por Basílio Horta, que vai liderar uma lista composta pelos atuais vereadores Rui Pereira, Piedade Mendes e Eduardo Quinta Nova, seguindo-se Domingos Quintas, atual presidente da assembleia municipal, e a independente Ana Duarte, que integrou o executivo de Fernando Seara (PSD/CDS-PP).
 
A lista socialista para a Assembleia Municipal de Sintra vai ser encabeçada por Sérgio Sousa Pinto, 44 anos, atual deputado municipal e na Assembleia da República.
 
O cofundador do CDS, partido que abandonou em 2001, foi cabeça de lista do PS pelo círculo eleitoral de Leiria, como independente, nas eleições legislativas de 2011.
 
Em 2013, Basílio Horta venceu as eleições pelo PS, por uma diferença de cerca de 1.700 votos, à frente do independente Marco Almeida, também com quatro eleitos, do social-democrata Pedro Pinto, que conseguiu apenas dois eleitos, e de Pedro Ventura, eleito pela CDU.
 
Nas próximas eleições autárquicas de 01 de outubro, além do autarca socialista, são já conhecidas as recandidaturas dos vereadores Pedro Ventura (CDU) e Marco Almeida (independente pelo PSD/CDS-PP) e de Carlos Carujo (Bloco de Esquerda).