Bombeiros de Queluz têm novo comando

Caiu de pára-quedas nos Bombeiros de Queluz, mas no bom sentido da expressão. Pára-quedista durante alguns anos, inclusive com uma missão na Bósnia em 1996, Joaquim Santos concorreu às funções de motorista de viaturas de emergência na corporação de Queluz. Doze anos depois, aos 36 de idade, assume o comando dos Bombeiros de Queluz, na sequência da saída voluntária do comandante Emílio.
Após um período de transição de três meses, em que recebeu formação para as suas novas funções, Joaquim Santos tomou posse na passada sexta-feira e ao corpo activo prometeu "empenho, dedicação e persistência" para superar as dificuldades com que se depara uma corporação de bombeiros. Como principal orientação enuncia "a prontidão no socorro", assente nas competências e "capacidade técnica" do corpo de bombeiros.
Para Joaquim Santos, que assume um novo capítulo nos 90 anos de história dos Bombeiros de Queluz, há que "garantir uma maior articulação entre os bombeiros e a comunidade que servem com brio, responsabilidade e profissionalismo". Em período de dificuldades, por via do novo sistema de pagamento de transporte de doentes não urgentes, o novo comandante não esconde a sua preocupação sobre "a grave situação financeira que os bombeiros portugueses estão a atravessar". Mas, em conjunto com a direcção, assegura, tudo fará para que sejam "evitados despedimentos dos profissionais da associação" e "também não iremos permitir que as questões económicas ponham em causa a segurança" dos elementos do corpo de bombeiros.
O presidente da direcção, Ramiro Ramos, congratulou-se com a nomeação de "um homem da casa" e salientou a aposta na juventude, "pois há que sensibilizar os jovens para o trabalho dos bombeiros". "Temos total confiança nos novos elementos de comando e estamos disponíveis para ajudar a rejuvenescer a corporação", realçou o dirigente, que reivindicou maior atenção para com os que servem a causa de ajudar o próximo, "sem amadorismo e com responsabilidade".