A Câmara de Almada inaugurou mais dois equipamentos culturais no concelho, que vão funcionar tanto ao serviço da população como de quem visita o município. No coração da cidade antiga foi recuperada a antiga nave da Ermida do Espírito Santo, que passa a alojar o Centro de Interpretação de Almada Velha e, na Caparica, abriu ao público a Biblioteca Municipal Maria Lamas.
“Almada hoje é um dos concelhos mais desenvolvidos do país, com uma cidade ao nível das melhores da Europa”, afirmava a presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, que destaca o desenvolvimento da rede social, escolar e desportiva construída nos últimos 39 anos.
O Centro de Interpretação de Almada Velha remodelou um edifício do século XV, que faz parte da história da cidade desde que foi lugar de culto, sede da Junta de Freguesia, sede da Academia Almadense, e ficou conhecido como Salão das Carochas onde ocorreram vários acontecimentos sociais.
Agora é um espaço que conta a história da cidade ao longo de várias décadas, através de um espólio documental fotográfico e também com recurso às novas tecnologias. “Não é um museu convencional”, afirma Ângela Luzia, responsável pela rede de museus municipal.
É que para além de se reportar à história local, acrescenta António Matos, vereador da Cultura, o Centro de Interpretação “é também um guia turístico sobre a oferta cultural e comercial existente na cidade e no concelho”. “A partir daqui cada um pode construir o seu percurso, desde o património até aos restaurantes”.
Este novo espaço integra-se na rede de equipamentos recentemente construída em Almada Velha, como o Quarteirão das Artes e o Museu da Música Filarmónica. Amélia Pardal, vereadora do Planeamento e Administração do Território, avança ainda que está em obra o Teatrinho de Almada e a sede da Universidade Sénior.
No Parque Urbano da Caparica, na zona do Centro Cívico, abriu ao público a Biblioteca Municipal Maria Lamas. Um equipamento com investimento global de 1,3 milhões de euros, que vem reforçar a rede de bibliotecas existentes no concelho, e que para além de espaço de leitura tem também vocação para receber exposições e actividades de expressão dramática e musical.
A Biblioteca Municipal Maria Lamas permite a consulta de 11 mil títulos, mas a partir deste espaço, por requisição, o leitor pode ter acesso aos 112 mil títulos da rede de bibliotecas do concelho.
Este equipamento está organizado em quatro espaços: a Secção de Adultos, Secção Infantil, Área Polivalente e Área de Serviços Internos.
A escolha do nome Maria Lamas para a nova biblioteca municipal, diz a presidente da Câmara de Almada, é um contributo a uma mulher que foi dirigente do Movimento Democrático das Mulheres e uma lutadora pela causa dos direitos das mulheres. E Maria de Aires Caeiro, neta de Maria Lamas, lembrava uma das suas afirmações: “A Mulher não será igual ao Homem enquanto o Homem não for livre”.