A Câmara de Oeiras apresentou hoje o seu primeiro Orçamento Participativo que não dispõe de limite orçamental e irá servir de teste ao envolvimento e participação dos munícipes na causa pública.
"Trata-se de uma experiência nova e que não teve muito sucesso noutros municípios, mas é importante testar a possibilidade de mobilizar os cidadãos para se interessarem na causa pública", afirmou o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais.
Numa conferência de imprensa realizada no Lagar do Azeite, o autarca lembrou que o mais importante deste Orçamento Participativo é "chamar a atenção das pessoas e captar a sua participação".
"Não sou muito crente na bondade do Orçamento Participativo pela sua eficácia, mas acredito que pode aproximar as pessoas da sua comunidade", sublinhou Isaltino Morais.
Sem tecto orçamental, o primeiro Orçamento Participativo em Oeiras pretende juntar 30 propostas que, segundo Isaltino Morais, "se tiverem [no total] um valor mais baixo do que um milhão de euros é pouco".
As propostas poderão começar já a ser apresentadas por cidadãos maiores de 18 anos, sendo que a participação terá de ser feita em nome individual e não em representação de qualquer organização, colectividade, associação ou empresa local.
Para já, e até ao final da noite de 11 de Junho, a votação poderá ser feita através da Internet, na página https://op2012.cm-oeiras.pt.
De 12 a 22 de Junho serão realizadas cinco Assembleias Participativas que decorrem em Algés, Queijas, Porto Salvo, Carnaxide e Paço de Arcos.
As propostas serão recolhidas até ao final de Junho para depois serem analisadas por técnicos da Câmara de Oeiras que, em Novembro, irá decidir quais os projectos prioritários a serem incluídos no orçamento municipal para 2013.