Câmara de Sintra desiste de manifestação contra a falta de professores

A Câmara de Sintra anunciou hoje que, na sequência da reunião de escolas com a Direção Geral da Administração Escolar (DGAE), "não se justifica uma manifestação" contra a falta de professores no município, revelou fonte da autarquia.
 
Segundo fonte oficial da Câmara de Sintra, a decisão de não avançar com um protesto em frente ao Ministério da Educação e Ciência partiu de "representantes dos pais e das escolas" após a reunião que hoje decorreu com diretores de estabelecimentos e a DGAE.
 
"A informação que temos dos diretores dos agrupamentos é muito positiva, pois entendem que a passagem do processo de colocação dos professores diretamente para as escolas vai permitir resolver o problema em poucos dias", explicou à Lusa a mesma fonte.
 
Na terça-feira, o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta (PS), reuniu-se com representantes dos pais e diretores de escolas, em Sintra, para avaliar a falta de centena e meia de professores no município.
 
Após a reunião, apesar de ainda faltarem 149 professores no concelho (na véspera a autarquia contabilizara 154), o presidente da autarquia admitiu que, se da reunião não saísse uma solução para o problema, participaria numa "manifestação à porta do ministério, na sexta-feira".
 
"Não vamos querer, nem exigir, que, de um momento para o outro, os cento e tal professores fiquem todos colocados", frisou Basílio Horta, reiterando que a autarquia se colocará ao lado dos professores e dos pais, caso o processo não comece a ser "normalizado".
 
A fonte oficial da autarquia afirmou que, em resultado da reunião dos diretores das escolas TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária) com a DGAE, será agora preciso avaliar a forma como os alunos poderão recuperar as aulas perdidas por falta de docentes.
 
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, disse na terça-feira, no parlamento, que os diretores das escolas com contrato com autonomia e Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) iam reunir-se ainda durante esta semana com os serviços do ministério, para fazerem um levantamento da situação e preparar a compensação do tempo sem aulas.