A Câmara de Cascais abriu um concurso público interno que vai permitir a funcionários da autarquias candidatarem-se a 60 cargos de chefia disponíveis, uma medida inserida na reorganização administrativa do município.
De acordo com a carta enviada pelo presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, aos colaboradores da autarquia, há a garantia de que "não há cristalização de lugares", mas sim "vontade de premiar o mérito e profissionalismo dos seus colaboradores".
"A última fase, aquela em que entramos agora, é a de abertura de concursos justos e competitivos para os cargos dirigentes da nossa autarquia, depois de termos realizado a maior ação de formação alguma vez feita na nossa autarquia, aberta à participação de todos os que reuniram os requisitos legais para concorrerem aos cargos de dirigentes da estrutura municipal", esclarece o autarca.
No documento, enviado à agência Lusa, Carlos Carreiras revela ainda que para ele "sempre foi evidente que, tanto as pessoas, como a estrutura da Câmara, operavam aquém do seu potencial".
Assim, explica, os 151 funcionários que participaram no curso de formação de dirigentes têm agora uma "oportunidade justa de concorrer a um cargo de chefia e de competir, de igual para igual, com qualquer par da Função Pública nacional".
A seleção dos candidatos aos 60 cargos disponíveis será da responsabilidade de um júri que contará, entre outros, com entidades externas à Câmara, como o Instituto Nacional de Administração - INA.
"Tal não pode deixar de ser visto como um passo muito importante na transparência e credibilização do processo de seleção do nosso corpo dirigente. Valorizamos o talento e o mérito individual. Esta é a melhor maneira de o mapear", sublinha Carlos Carreiras.
Desde o início da reorganização administrativa na Câmara de Cascais, em 2012, houve uma redução de cerca de 40% do número de dirigentes.