A Câmara Municipal de Cascais aprovou hoje as contas da autarquia referentes a 2014 que, segundo o executivo, se traduzem numa "boa gestão", enquanto a oposição tece críticas.
O documento foi apresentado pelo executivo liderado por Carlos Carreiras (PSD) como um exercício orçamental com "menos dívida, menos encargos financeiros, menos impostos para os munícipes e mais património ao serviço de uma estratégia de desenvolvimento para o concelho".
Uma dívida acumulada de 39 milhões de euros, sem que tenha contraído nenhum endividamento no ano passado, e 143,46 milhões de receitas foram os resultados finais de 2014 na Câmara de Cascais, segundo a autarquia.
Comparativamente ao final de 2010, a autarquia indica uma "acentuada redução da dívida, cerca de 25 milhões de euros", uma "robusta amortização de empréstimos, 12,6 milhões", uma "elevada taxa de execução de receita, na ordem dos 92%" e uma "elevada execução de despesa, na casa dos 95%".
Perante os números, Carlos Carreiras considerou que as contas de Cascais "estão bem e recomendam-se" e que "quem insistir dizer o contrário não está a fazer oposição a este executivo, está a fazer oposição à realidade e ao bom senso".
As contas de 2014 foram aprovadas pela maioria PSD/CDS-PP, com cinco votos contra do PS, CDU e movimento independente SerCascais.
O vereador comunista Clemente Alves considerou que "as contas apresentadas não têm qualquer credibilidade" e a vereadora independente Isabel Magalhães sublinhou que as 48 horas úteis que a câmara deu para analisar o documento "são manifestamente insuficientes e não permitem obter os esclarecimentos necessários".