Câmara de Oeiras aprova construção de edifício-sede no valor de 35,5ME

A Câmara de Oeiras aprovou a construção do Fórum Municipal, com 15 pisos, que vai permitir concentrar os principais serviços e órgãos políticos e administrativos da autarquia num único edifício-sede, no valor de 35,5 milhões de euros.
 
O projeto, apresentado na quarta-feira em reunião de câmara, foi aprovado pelo movimento independente Isaltino Oeiras Mais À Frente (IOMAF), que lidera o executivo, e pelo PSD, merecendo os votos contra do PS e da CDU.
 
Segundo fonte camarária, ainda não estão definidos os novos usos dos atuais Paços do Concelho.
 
De acordo com a proposta de deliberação, em causa está uma “ambição já antiga e com mais de uma década de vasto historial técnico e deliberativo” para construir o novo edifício dos Paços do Concelho de Oeiras.
O futuro edifício, da autoria do arquiteto Sua Kay, ficará localizado na zona de Cacilhas, perto da Rotunda da Fonte Luminosa, na União de Freguesias de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, numa área total de intervenção de 17.754 metros quadrados.
 
O Fórum Oeiras permitirá, segundo a liderança do executivo, presidido por Paulo Vistas, obter "melhorias consideráveis nas condições do atendimento ao público e do funcionamento dos serviços", assim como a "redução dos seus custos operacionais", por permitir a poupança de tempo e menores custos de deslocações.
 
O projeto agora apresentado, refere a autarquia, "procurou respeitar a solução arquitetónica selecionada de modo a não a desvirtuar", sendo constituído por um único edifício de escritórios, com cerca de 64 metros de altura e 15 pisos acima do solo, mais dois pisos em cave, com capacidade para 467 lugares de estacionamento.
 
"Pretende-se que nos novos Paços do Concelho de Oeiras venham a ficar instalados todos os serviços municipais que dispõem de atendimento direto ao público, envolvendo no total mais de 760 postos de trabalho fixos para funcionários e colaboradores municipais, alojando igualmente outras funções centrais da Câmara - como o salão nobre dos Paços do Concelho - e ainda diversos equipamentos centrais de apoio (em especial o refeitório e a respetiva cozinha)", descreve a autarquia.
 
No piso térreo ficará instalado o átrio, com a receção principal e todos os balcões de atendimento ao público.
 
No 1.º piso serão instalados o salão nobre (com capacidade para 300 lugares sentados e 500 em pé, com módulos que permitem a sua divisão em três salas distintas), um quiosque/bar, a cozinha e o refeitório, para uso dos funcionários e colaboradores.
 
No 2.º piso ficarão várias salas polivalentes, primordialmente destinadas à formação interna e ao posto médico.
 
"Estes três pisos constituirão assim, no seu conjunto, o corpo inferior do edifício, que ficará separado do corpo superior, contendo os restantes onze pisos, por meio de um falso 3.º piso, aberto e que conterá unicamente a cobertura, visitável e ajardinada, do volume inferior, mais uma sala destinada à comissão de trabalhadores e a reprografia", lê-se na proposta.
 
Quanto aos 11 pisos superiores, destinados exclusivamente aos serviços e órgãos da câmara, serão todos de acesso condicionado ao público.
 
A estimativa de custo da obra é de 33,5 milhões de euros para a construção do edifício mais dois milhões de euros para a zona exterior.