Isaltino Morais anuncia novas medidas a nível habitacional
Com um filho de dois anos a exigir cuidados especiais devido a problemas respiratórios, Cintia Santos, de 23 anos, viveu a maternidade com acrescidas preocupações pelo facto de morar numa casa “cheia de humidade, mau cheiro por causa dos esgotos, madeira com bichos…”.
No bairro do Casal da Choca, pagava ao proprietário 330 euros por um T2 onde ela e o filho tinham que dormir “numa parte da sala porque os quartos eram demasiado frios”. Até que, este Natal, a sua vida mudou com a atribuição de uma casa municipal por parte da Câmara de Oeiras. A jovem mãe pôde, assim, transferir-se para uma habitação que “só pode ser melhor do que aquela onde estava”, como salientou ao JR, mesmo que ainda não soubesse, na altura, qual o bairro concreto onde passaria a residir.
“O miúdo tem estado o ano inteiro doente, dia sim, dia não, lá vamos para o hospital”, lamentou-se a progenitora, convicta de que a anterior casa não permitia a melhor evolução do seu rebento em termos de saúde. A delicadeza da sua situação a este nível terá ajudado a uma decisão favorável, cerca de “um ano e tal” depois de se haver candidatado a receber uma casa da Câmara. Um processo em que entram em linha de conta vários critérios, bem como o grau de gravidade de cada caso.
Outro dos contemplados foi um munícipe de 80 anos que, sem querer revelar a sua identidade, resumiu a sua vida nos últimos tempos da seguinte forma: “O meu rendimento é tão pequeno e pagava uma renda tão elevada que ou comia, mas tinha de ir para a rua, ou pagava a renda, mas tinha que passar fome… Agora poderei fazer as duas coisas”.
No total, 14 famílias de Oeiras receberam um fogo municipal em vésperas do Natal, correspondendo, de resto, a um costume já enraizado nesta quadra. As chaves foram entregues no passado dia 22, em cerimónia informal e simbólica realizada no Palácio do Marquês de Pombal, presidida por Isaltino Morais e na qual participaram, ainda, vários outros elementos do executivo camarário e alguns presidentes de juntas de freguesia.
O grupo de beneficiários desta medida de “coesão social” incluiu três famílias monoparentais, oito pessoas isoladas, um casal e, ainda, dois casais com filhos. As tipologias atribuídas foram um T0, sete T1, cinco T2 e um T4, distribuídos por vários bairros: Navegadores (3), São Marçal (3), Bento Jesus Caraça (1), Outurela/Portela (2), Quinta da Politeira (2), Unidade Residencial Madre Maria Clara (2) e Páteo dos Cavaleiros (1) – a maioria (oito fogos) em núcleos residenciais da área de Carnaxide.
“Uma sociedade coesa é uma sociedade mais equilibrada”, salientou Isaltino Morais, enquadrando o alcance social da política de habitação da autarquia, à qual o edil promete dar um novo alento (ver caixa), muitos anos depois da erradicação dos antigos aglomerados de barracas.
Jorge A. Ferreira
Com um filho de dois anos a exigir cuidados especiais devido a problemas respiratórios, Cintia Santos, de 23 anos, viveu a maternidade com acrescidas preocupações pelo facto de morar numa casa “cheia de humidade, mau cheiro por causa dos esgotos, madeira com bichos…”.
No bairro do Casal da Choca, pagava ao proprietário 330 euros por um T2 onde ela e o filho tinham que dormir “numa parte da sala porque os quartos eram demasiado frios”. Até que, este Natal, a sua vida mudou com a atribuição de uma casa municipal por parte da Câmara de Oeiras. A jovem mãe pôde, assim, transferir-se para uma habitação que “só pode ser melhor do que aquela onde estava”, como salientou ao JR, mesmo que ainda não soubesse, na altura, qual o bairro concreto onde passaria a residir.
“O miúdo tem estado o ano inteiro doente, dia sim, dia não, lá vamos para o hospital”, lamentou-se a progenitora, convicta de que a anterior casa não permitia a melhor evolução do seu rebento em termos de saúde. A delicadeza da sua situação a este nível terá ajudado a uma decisão favorável, cerca de “um ano e tal” depois de se haver candidatado a receber uma casa da Câmara. Um processo em que entram em linha de conta vários critérios, bem como o grau de gravidade de cada caso.
Outro dos contemplados foi um munícipe de 80 anos que, sem querer revelar a sua identidade, resumiu a sua vida nos últimos tempos da seguinte forma: “O meu rendimento é tão pequeno e pagava uma renda tão elevada que ou comia, mas tinha de ir para a rua, ou pagava a renda, mas tinha que passar fome… Agora poderei fazer as duas coisas”.
No total, 14 famílias de Oeiras receberam um fogo municipal em vésperas do Natal, correspondendo, de resto, a um costume já enraizado nesta quadra. As chaves foram entregues no passado dia 22, em cerimónia informal e simbólica realizada no Palácio do Marquês de Pombal, presidida por Isaltino Morais e na qual participaram, ainda, vários outros elementos do executivo camarário e alguns presidentes de juntas de freguesia.
O grupo de beneficiários desta medida de “coesão social” incluiu três famílias monoparentais, oito pessoas isoladas, um casal e, ainda, dois casais com filhos. As tipologias atribuídas foram um T0, sete T1, cinco T2 e um T4, distribuídos por vários bairros: Navegadores (3), São Marçal (3), Bento Jesus Caraça (1), Outurela/Portela (2), Quinta da Politeira (2), Unidade Residencial Madre Maria Clara (2) e Páteo dos Cavaleiros (1) – a maioria (oito fogos) em núcleos residenciais da área de Carnaxide.
“Uma sociedade coesa é uma sociedade mais equilibrada”, salientou Isaltino Morais, enquadrando o alcance social da política de habitação da autarquia, à qual o edil promete dar um novo alento (ver caixa), muitos anos depois da erradicação dos antigos aglomerados de barracas.
Jorge A. Ferreira