A Câmara de Sintra aprovou o lançamento do concurso público internacional de 2,9 milhões de euros para a construção do "Eixo Verde e Azul", projeto ambiental que envolve também os concelhos de Oeiras e Amadora.
A obra inclui o percurso pedonal e clicável entre Belas e a fronteira de Oeiras que depois se irá prolongar até ao mar e prevê a construção de um anfiteatro junto à estação de comboios de Queluz/Belas, integrado no percurso com cerca de 4,5 quilómetros.
"Esta é uma medida que vai permitir que uma parte da cidade seja requalificada e valorizada no seu ambiente e no seu património", revelou o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, durante a reunião do executivo, segundo revela hoje um comunicado da autarquia.
O autarca, lê-se, considerou ainda que "este corredor verde e azul é uma verdadeira revolução na forma como Sintra passa a encarar o seu espaço público e implica um investimento total de cerca de 8 milhões de euros por parte da Câmara de Sintra".
Até ao fim do ano será ainda lançado o concurso público para a construção da Ponte Verde, que permitirá o atravessamento do IC19, uma obra de 4,4 milhões de euros e que será um investimento conjunto da Parques de Sintra Monte da Lua e da Câmara Municipal.
O "Eixo Verde e Azul" é um projeto ambiental que visa reabilitar a bacia hidrográfica do rio Jamor (Oeiras) e a área circundante do Palácio Nacional de Queluz (Sintra).
O projeto intermunicipal, no distrito de Lisboa, visa a criação de áreas verdes, a requalificação do espaço urbano e o estabelecimento de um circuito de mobilidade suave, assente numa estratégia integrada de criar e consolidar um eixo ecológico que atravessa os concelhos da Amadora, de Oeiras e de Sintra.
O "Eixo Verde e Azul", acordado entre as câmaras de Sintra, Oeiras e Amadora em julho do ano passado e apresentado em outubro, estabelece como objetivo prioritário a regularização do rio Jamor e a defesa contra cheias e, por isso, inclui um conjunto de ações para "promover a melhoria da qualidade das massas de água do Jamor e seus afluentes e assegurar o controlo dos caudais", tendo em vista a segurança de pessoas e bens nas áreas atualmente sujeitas a risco de inundação.