A Escola Básica do 1.º Ciclo do Arneiro, na freguesia de Carcavelos, espera e desespera por prometidas obras de requalificação e o próprio director do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, Adelino Calado, em declarações ao “Região Online” reconhece “o estado calamitoso” das instalações, mas salvaguarda que é à autarquia que compete resolver o problema.
O recreio é um espaço árido, sem condições, sem qualquer cobertura e a ginástica é feita nas próprias salas de aula. Agora que começou um novo ano lectivo, os encarregados de educação dos alunos estão preocupados com a continuada falta de condições.
A escola é constituída por um bloco de dois pisos, com cinco salas de aula, mas no espaço envolvente não existe uma única cobertura, onde as cerca de 125 crianças que a frequentam possam brincar em dias de chuva.
Não menos grave é não existir um outro espaço coberto, porventura um ginásio, onde as crianças possam praticar educação física.
“Até agora, a ginástica é feita nas próprias salas de aula, com alunos e professoras e desarrumar para um canto e depois voltar a arrumar na posição de estudo as respectivas “carteiras”, lamentou Elisabete Afonso, uma das muitas encarregadas de educação de alunos da EB1 do Arneiro preocupadas com a ausência de condições.
Os encarregados de educação não conseguem perceber os motivos pelos quais a Escola Básica do 1.º Ciclo do Arneiro “é diferente de todas as outras que existem no concelho de Cascais, que possuem todas as infra-estruturas e equipamentos”.
“Esta escola não possui, nem de perto nem de longe as condições adequadas para as crianças, pelo que é urgente que a autarquia avance com a sua requalificação”, exigem os pais dos alunos que frequentam este estabelecimento de ensino situado na Rua de S. Bento, no Arneiro e pertencente ao Agrupamento de Escolas de Carcavelos.
“Quando vim para cá, há quatro anos, falava-se em fechar esta escola para obras, transferindo até à sua conclusão os alunos para a sede do Agrupamento, mas não será ainda neste ano lectivo que o projecto avançará”, declarou a professora coordenadora Emília Costa, que assegurou “entender as preocupações dos pais”.
Também Adelino Calado, director do Agrupamento, “compreende as preocupações” dos pais e encarregados de educação. “A requalificação vai na quarta ou quinta versão. Por termos consciência do problema, temos vindo a pressionar a autarquia”, garantiu este responsável.
“Região Online” apurou, entretanto, junto de fonte autárquica, que “só depois de concluídas as obras de requalificação, em curso, em dois outros estabelecimentos de ensino, um na Rebelva e outro em Tires, é que avançará a tão esperada requalificação da escola básica do Arneiro”. No entanto, não há quaisquer previsões….
Valdemar Pinheiro