Carlos Carreiras pede demissão de ministro se problemas da Linha de Cascais não forem resolvidos

O presidente da Câmara de Cascais disse hoje que o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, deve demitir-se se continuar sem resolver o problema da linha ferroviária que liga a Lisboa e passa por Oeiras.
 
Na sua página do Facebook, Carlos Carreiras considera "inacreditável e inadmissível" que Pedro Marques continue sem encontrar soluções para o melhoramento da Linha de Cascais, por "falta de vontade" e por estar "refém dos complexos ideológicos do Bloco de Esquerda e do PCP".
 
"Se o actual ministro dos Transportes mantiver esta sua atitude incompreensivel e se demite de resolver o problema grave da Linha de Cascais, o melhor mesmo é demitir-se do Governo. Dada a incapacidade do ministro, o assunto agora passa a ter que ser tratado com o senhor primeiro-ministro", refere.
 
Há muito que a Câmara de Cascais tem alertado para a necessidade de investimento na linha ferroviária, que passa pela renovaçao das composições e material circulante, já obsoleto e que põe em causa a segurança dos utentes.
 
Carlos Carreiras chama ainda de "ressabiados" aqueles que o acusam de nada ter feito para resolver o problema com o anterior Governo PSD/CDS-PP, deixando claro que isso "é mentira".
 
"Tive a mesma postura com o anterior Governo e com ganho de causa, razão pela qual estive em conjunto com os senhores presidentes das Câmaras Municipais de Lisboa e de Oeiras em reuniões com o Governo e tinhamos uma solução. Ao contrário, este Governo e este ministro fecharam-se numa Torre de Marfim e não reunem sequer com as câmaras", sustenta.
 
As acusações a Pedro Marques e apelos ao investimento na renovação da Linha de Cascais já tinham sido feitos por Carreiras através do Facebook a 20 de outubro passado.
 
Na ocasião, em resposta, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas assegurou que "ninguém desistiu" da linha ferroviária de Cascais e que "tem repetido publicamente que procura fontes de financiamento para o projeto".
 
A tutela referiu ainda que a intervenção na Linha de Cascais integra o Plano Ferrovia 2020, apresentado pelo Governo em fevereiro e que, apesar de integrar o Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI) do anterior Governo, a intervenção não tinha assegurada qualquer fonte de financiamento.