Carris e Metro lançam campanha para combater a fraude

A Carris e o Metropolitano de Lisboa lançam na quinta-feira uma campanha para combater a fraude na utilização dos serviços, que prejudica os transportes públicos da cidade em mais de oito milhões de euros por ano.

Sob o mote ‘Abra os olhos e combata a fraude’, as empresas pretendem alertar os clientes para a "necessidade de todos serem detentores de um título de transporte válido, bem como para a utilização correcta do sistema de bilhética, como forma de garantir a sustentabilidade do seu transporte público".

A campanha visa também alertar para as consequências da fraude e para os seus efeitos negativos, segundo informação das empresas.

A primeira fase da campanha começou a 25 de Fevereiro com o lançamento de um 'teaser' apenas com a imagem de dois olhos, numa tentativa de gerar curiosidade para o tema.

A segunda fase tem início na quinta-feira com a imagem e um texto explicativo.

Na rodoviária Carris, a campanha estará disponível na frota, em cartazes, folhas inseridas em suportes de acrílico junto às portas de saída de todos os veículos e autocolantes na porta do motorista.

No metro estará disponível no interior das carruagens e nas estações, bem como nos ecrãs das máquinas de aquisição de títulos de transporte.

A campanha é ainda visível nos sites oficiais e nas páginas de Facebook das empresas e teve um investimento global de 9.900 euros.

Além desta campanha, a Carris e o Metropolitano de Lisboa desenvolveram outras medidas de combate à fraude como o reforço da actuação das equipas de fiscalização e um maior envolvimento e o apoio da PSP no acompanhamento de acções de fiscalização, entre outras.

Segundo um relatório encomendado pelo Governo, a fraude está a custar mais de oito milhões de euros por ano aos transportes públicos de Lisboa.

Segundo o estudo, na Carris a taxa média de fraude é de 15,2% e estará a provocar prejuízos mensais superiores a 400 mil euros, mais de cinco milhões de euros no final de um ano.

No Metro, a taxa média de fraude nas 18 estações analisadas (cerca de 35% do total) situa-se em 1,1%.