Cascais aposta na limpeza da Serra

Com o Verão a bater à porta, as temperaturas a aquecerem e com vista a prevenir os riscos de incêndios florestais na Serra de Sintra, o Serviço Municipal de Protecção Civil de Cascais fez um balanço do trabalho realizado de Outubro a Março, no âmbito do PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural). O trabalho desenvolvido teve por base dois eixos fundamentais: Uma limpeza de faixas (100 metros) no perímetro dos aglomerados urbanos e em faixas de 10 metros junto a caminhos florestais, em cerca de 12 km.
O Gabinete Técnico Florestal apresentou, assim, ao presidente da Câmara, Carlos Carreiras, e ao vereador da Protecção Civil, Pedro Mendonça, o trabalho que tem sido efectuado na Serra de Sintra para evitar qualquer catástrofe e reduzir o combustível vegetal. Uma actividade que nem sempre se dá por ela, mas que permite acentuar a preocupação em termos ambientais.
Para Carlos Carreiras, a visita serviu “para fazer o reconhecimento de todos os profissionais que trabalham na Serra, quer do Gabinete Técnico Florestal do Serviço Municipal de Protecção Civil, que inclui os Sapadores Florestais, a Agência Municipal Cascais Natura, quer o SPNA – Serviço de Protecção da Natureza da GNR, pelo trabalho que têm feito e é evidente”. “As coisas não acontecem não é por acaso, é porque há pessoas que estão a trabalhar”, disse o edil, que considera importante a recuperação da Serra “que é um património riquíssimo para Cascais. Não sendo uma competência nossa, é nossa a obrigação de salvaguardar os nossos munícipes”, salientou Carlos Carreiras, que convidou a população em geral a visitar a Serra: “Estes patrimónios são melhor salvaguardados se forem vividos e puderem ser fruídos por todos”.
Sete sapadores florestais asseguram a limpeza da Serra de Sintra, numa intervenção dificultada por vastas áreas florestais degradadas e dominadas por espécies invasoras, como as acácias. “Os trabalhos mais pesados são adjudicados a empresas com equipamento que não temos”, explicou ao JR, o vereador da Protecção Civil. Pedro Mendonça sublinhou que “este trabalho é muito importante. Não se nota e muito pouca gente sabe o que temos feito na Serra”.