Cascais aprova contas de 2012 com saldo positivo

A Câmara de Cascais aprovou, em reunião extraordinária do executivo, as "contas individuais e consolidadas da autarquia" relativamente a 2012, com os números da dívida a manterem-se "estáveis", apesar da diminuição da receita.
"Apesar da diminuição acentuada de receita, o investimento no apoio social foi reforçado e os números da dívida continuaram numa rota de estabilidade, muito longe dos limites máximos permitidos por lei", refere a Câmara em comunicado.
O documento, aprovado pela maioria PSD/CDS-PP com o voto contra da vereadora do PS, dá conta de que a receita municipal registou um decréscimo de 7,6 por cento, respeitando a uma queda de 153,9 milhões de euros para 142,2 milhões.
Apesar disso, acrescenta a autarquia, houve um aumento do investimento no património municipal de 25 milhões de euros, relativamente ao ano anterior.
"A rubrica de investimento no apoio social, nomeadamente na promoção de emprego e no combate à exclusão económica, foi reforçada, comprovando que a existência de políticas locais pró-ativas é uma prioridade no combate aos efeitos da crise", acrescenta a autarquia.
Na mesma nota, o executivo informa, ainda, que houve um "baixo endividamento, que não chega aos 37% dos limites máximos permitidos por lei".
Para o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, os números hoje conhecidos provam que "fazer mais, fazer melhor e fazer com menos não é um ‘slogan'".
"É um objetivo cumprido, que é desejável e exequível em nome de um concelho com dinâmicas económicas e com futuro para todos", afirma.
Carreiras reiterou ainda a preocupação com o potencial impacto do projeto da Lei das Finanças Locais.
"Estou muito preocupado com o projeto que ainda está em discussão. Temo que, a ser aprovada, essa lei possa provocar uma redução ainda mais substantiva das receitas municipais. A confirmar-se, terá, sem sombra de dúvida, um efeito muito nefasto sobre o apoio essencial que neste momento as autarquias dão às suas populações", disse o autarca.