Cascais quer seis faculdades no seu território

O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, quer ver instaladas no concelho seis faculdades e 20 mil alunos "até 2018, no limite, 2020".
 
O autarca adiantou que estão a ser ultimadas as negociações para a instalação da Faculdade de Medicina, num projeto da Universidade Católica, do grupo Luz Saúde e "de outra grande universidade internacional".
 
"Estamos em conversações e já muito avançadas, mas ainda não estão completamente concluídas. Envolve várias entidades, de grande peso e seriedade, e por isso ainda mantemos a reserva nestas questões", justificou Carlos Carreiras.
 
O presidente da Câmara de Cascais adiantou que a futura faculdade será instalada no antigo hospital Condes de Castro Guimarães, no centro da vila, com uma extensão para o antigo edifício dos SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento).
 
O antigo edifício dos SMAS será cedido pela autarquia e o antigo hospital será vendido ao grupo de saúde para que seja um hospital universitário.
 
A contrapartida na cedência do antigo edifício do SMAS, revelou Carreiras, será "pública" e passa pela atribuição de bolsas para estudantes que ficam com o compromisso de, quando acabarem os seus cursos, pagarão as bolsas aos estudantes que chegam à universidade.
 
Sem adiantar o valor da venda do antigo hospital, Carreiras assegurou que o investimento feito o ano passado na compra do imóvel, que custou 3,5 milhões de euros, será recuperado.
 
"A proposta será levada a reunião de câmara, mas é certo que não perdemos dinheiro entre a compra e a venda. Irá ficar demonstrado que todos aqueles que nos criticaram na época estavam enganados. Comprámos o que era preciso comprar, vamos dar dinâmica àquela zona e o orçamento municipal não será prejudicado", garantiu.
 
Com a construção da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa prestes a arrancar em Carcavelos, agora concretiza-se mais um projeto para instalar a Faculdade de Medicina da Universidade Católica, no centro de Cascais.
 
No entanto, a estratégia não fica por aqui, já que estão já a haver negociações com outras duas instituições universitárias para atrair novos polos para o concelho.
 
"O nosso objetivo é em 2018, no limite 2020, termos aqui cerca de 20 mil alunos, num total de seis faculdades e um terço desses alunos será estrangeiro", frisou.
 
As faculdades de Economia, de Medicina e outras duas em negociações juntar-se-ão, então, à Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e à Escola Superior de Saúde de Alcoitão.
 
O ensino universitário afirma-se, assim, como uma estratégia da autarquia, para atrair uma comunidade mais jovem para o concelho, concluiu Carlos Carreiras.