Cascais recebe comemorações do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada

Preservar a memória dos milhões de pessoas falecidas ou feridas em desastres de viação, bem como prestar homenagem às equipas de emergência, à polícia e aos profissionais médicos que diariamente lidam com as consequências traumáticas da sinistralidade, são os objectivos das comemorações nacionais do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, que este ano terão lugar na vila de Cascais, no dia 18 de Novembro.
A organização do evento é da responsabilidade da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M), enquanto membros da ESTRADA VIVA – Liga contra o Trauma, que, segundo Marta Carvalho, secretária da ACA-M, procura “sobreviventes e/ou familiares de vítimas da estrada que estejam disponíveis para dar o seu testemunho publicamente na sessão solene das comemorações que terá lugar nos Paços do Concelho de Cascais, às 15 horas do dia 18”.
Esta responsável adianta ao JR que “o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada celebra-se anualmente no terceiro domingo do mês de Novembro”. O espírito desta celebração “é de que a evocação pública da memória daqueles que perderam a vida ou a saúde nas estradas e ruas nacionais significa um reconhecimento, por parte do Estado e da sociedade, da trágica dimensão da sinistralidade, e ajuda os sobreviventes a conviver com o trauma de memórias dolorosas resultantes de acidentes rodoviários. A morte e lesão por acidente de viação são ocorrências repentinas, violentas e traumáticas, e o seu impacto duradouro, por vezes, permanente”. “A cada ano, milhões de enlutados e vítimas de todo o planeta juntam-se aos muitos milhões que já sofrem em resultado de acidentes de viação”, explicou aquela responsável. “O Dia da Memória responde, assim, à intensa necessidade sentida pelas vítimas e seus entes queridos de verem a sua perda e a sua dor publicamente reconhecidas”, salientou.
No caso do concelho de Cascais, a Avenida Marginal continua a ser uma estrada considerada perigosa. “Foi, durante muitos anos, conhecida como a Estrada da Morte. Conhecemos um caso de uma senhora que perdeu o marido num desastre de viação já em 1989. Sabemos também que existe pelo menos um memorial de beira de estrada, colocado em frente ao Centro de Interpretação Ambiental de S. Pedro do Estoril. Tentámos, junto dos serviços de Acção Social da Câmara Municipal, conseguir os contactos dos familiares das vítimas desse desastre, mas ainda sem sucesso”, revelou Marta Carvalho.