Centenário do Nobel da literatura assinalado em Cascais e Lisboa

O centenário do nascimento do escritor Saul Bellow é assinalado na próxima quinta-feira, em Lisboa, numa sessão com a participação dos escritores Helena Vasconcelos, Rui Tavares e Francisco José Viegas, anunciou a editora Quetzal.

Na quinta-feira, às 18:30, no espaço Ler no Chiado, a sessão dedicada ao escritor, distinguido em 1976 com um Prémio Pulitzer e o Nobel da Literatura, é moderada pela jornalista Anabela Mota Ribeiro.

Também a Fundação D. Luís I, em Cascais, organiza, no dia 20 de junho, a conferência “No centenário de Saul Bellow: um escritor de fôlego”, com a participação dos catedráticos Teresa Alves e Mário Avelar, e da escritora e crítica literária Filipa Melo. Esta sessão está marcada para as 21:30, nas Casas do Gandarinha-Centro Cultural de Cascais.

Saul Bellow nasceu a 10 de junho de 1915, em Lachine, na província canadiana do Quebeque, filho de emigrantes russos.

Aos nove anos, mudou-se com a família para Chicago, no Estado norte-americano de Massachusetts, a cidade com a qual a sua obra literária é mais identificada.

Literariamente, Saul Bellow estreou-se em 1944, com “Dangling man”, mas tornou-se conhecido com a obra “As aventuras de Augie March”, com a qual venceu o National Book Award, em 1954.

Bellow é, aliás, o único escritor distinguido por três vezes com este galardão - em 1954, em 1965 ("Herzog") e em 1971 ("O Planeta do Sr. Sammler"). Em 2000, publicou o seu último romance, “Ravelstein”.

Saul Bellow, escritor de língua inglesa, morreu em 2005, em Brookline, no Estado norte-americano de Massachusetts.

Em Portugal, estão publicadas, atualmente pela Quetzal, as obras de Saul Bellow “Morrem mais de mágoa”, “As Aventuras de Augie March”, “Ravelstein”, “O legado de Humboldt” e “Herzog”.

"Agarra o dia", "Henderson, o rei da chuva", "Contos e novelas", "O Planeta do Sr. Sammler", pela Relógio d'Água, "A vítima", na Texto Editora, "Jerusalém - Ida e volta", na Tinta-da-China, contam-se entre outros títulos do Nobel da Literatura, disponíveis no mercado livreiro português, no qual o autor foi sendo publicado, sobretudo desde a década de 1970, por editoras como a Livros do Brasil, a Teorema, as Publicações D. Quixote, a Terramar, a Editorial Fragmentos ou a Perspectivas & Realidades, entre outras.

Segundo o comité do Nobel, a "obra [de Saul Bellow] combina a análise subtil da cultura contemporânea com a compreensão humana".