A Cidade do Futebol, projecto que no futuro vai albergar as selecções nacionais no Alto da Boa Viagem, junto do Estádio Nacional, em Oeiras, vai custar 10 milhões de euros e poderá estar concluído em 2015, foi hoje anunciado.
Na apresentação do projecto, no Estádio Nacional, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, explicou que, dos 10 milhões de euros, três serão financiados pela UEFA e um pela FIFA, e o restante com fundos próprios, nomeadamente receitas de jogos particulares.
“A obra que aqui vai erguer-se necessita de cerca de 10 milhões de euros para se tornar realidade. A FPF garantiu, por parte da UEFA, cujo presidente nos visitará nos próximos meses, uma comparticipação de cerca de três milhões de euros (...). Um outro financiamento já garantido é da FIFA, no montante de cerca de um milhão de euros”, especificou Fernando Gomes.
Na sua intervenção, Fernando Gomes revelou também a articulação com o Ministério da Economia para a obtenção do “máximo financiamento possível de programas comunitários”, num projecto em que falou da importância de ser “transparente”.
O responsável sublinhou ainda que a escolha do Alto da Boa Viagem foi articulada com o Governo, que vai ceder o terreno à FPF com direito de superfície.
Segundo Fernando Gomes, esta opção é menos onerosa do que o projecto que, ainda sob a presidência de Gilberto Madail, esteve pensado para Almargem do Bispo, no concelho de Sintra.
Para o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, é justo que “esta selecção tão admirada e aplaudida” seja “dotada dos meios necessários”, mas isto não significa qualquer desinteresse por outras modalidades.
“Pelo contrário, o Centro Nacional Desportivo do Jamor, após as necessárias obras de remodelação, proporcionará melhores condições aos praticantes de atletismo, futsal, golfe e ténis, entre outros exemplos”, disse.
Em relação à nova Cidade do Futebol, Miguel Relvas considerou que a mesma aumentará a capacidade de oferta a nível desportivo e que terá capacidade para aumentar investimentos privados, nomeadamente ao nível das estruturas hoteleiras.
“É uma aspiração com mais de 20 anos, propício à conquista de novos patamares de excelência. Este projecto surge por vontade do governo, apostado em propiciar aos nossos futebolistas de alta competição as condições requeridas pela actual posição no ‘ranking’ da FIFA (4.º)”, disse o ministro.
Na apresentação da Cidade do Futebol esteve o arquitecto José Paradela, um dos responsáveis pelo projecto, a par do arquitecto Baptista Fernandes, e que hoje referiu que a implantação será feita em dois núcleos: “O núcleo 1, onde está o ‘core’ da Cidade do Futebol, e o núcleo 2 destinado às equipas jovens, ao futebol feminino e às outras modalidades”.
As duas áreas dividem-se por sete hectares. A primeira, a principal, para o treino, gestão e apoio logístico das selecções, e a segunda para os jovens e selecções femininas, orientado para a formação.
A estrutura inclui vários campos de treinos nas duas áreas e no primeiro existirá também um campo principal com bancada para mil espectadores.