O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, disse hoje pretender que a Cidade do Futebol funcione como a “locomotiva” para a revitalização do Vale do Jamor, em Oeiras.
Em conversa com os jornalistas, Fernando Gomes reiterou que o projecto de criação da Cidade do Futebol junto ao Estádio Nacional, cuja adjudicação das obras está prevista para Janeiro de 2014 e a sua conclusão 18 meses depois, corresponderá a um investimento de 10 milhões de euros (ME), “sem dinheiros estatais”.
“Temos recursos financeiros para suportar os 10 ME para a Cidade do Futebol”, frisou o presidente federativo, recordando que a infraestrutura será financiada por fundos da FIFA e da UEFA, com um e três milhões respectivamente, por fundos comunitários provenientes de uma candidatura ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e ainda com recursos do próprio organismo.
Na Cidade do Futebol, Fernando Gomes pretende centralizar todo o trabalho das selecções, agora disperso por Rio Maior, Óbidos e Algarve – com “custos significativos que serão suficientes para assegurar o funcionamento do espaço próprio” –, e federativo, que mantém serviços na Praça da Alegria, no Vale do Jamor e, na nova sede, na Rua Alexandre Herculano.
Este investimento pode beneficiar as outras modalidades que utilizam estas instalações, mas também o próprio Estádio Nacional, cujas condições de comodidade e segurança para os adeptos não permitem que o dirigente garanta que a final da Taça de Portugal seja disputada neste recinto.
“Não posso garantir que seja lá disputada. Não sabemos o estado de arte das intervenções que o Governo tem de fazer”, frisou Gomes, salientando que gostaria que “o Jamor será sempre a primeira opção, por ser tradição e por ser um estádio emblemático”, mas remetendo mais informações para o próximo mês, depois de reunir com os responsáveis do Instituto Português do Desporto e Juventude.
Outro assunto que deixa Fernando Gomes “receoso” é a sustentabilidade dos clubes portugueses, em consequência dos aumentos do IVA e do IRS, da diminuição de patrocínios, apoios por parte das autarquias e de espectadores.
Mesmo assim, o líder federativo disse estar convencido de que “os seis clubes portugueses presentes nas competições europeias vão responder positivamente ao controlo de Setembro”, nomeadamente o Sporting, cujos prémios da época de 2011/12 ficaram retidos, que ficará a conhecer uma decisão em meados de Novembro.