A companhia canadiana de novo circo Cirque du Soleil apresenta em Lisboa o espectáculo "Dralion", inspirado nas artes acrobáticas chinesas, que estará em cena até ao dia 12 no Meo Arena.
Considerado um dos espetáculos mais rentáveis da história do Cirque du Soleil, "Dralion" foi estreado no final dos anos 1990 e esteve em cena durante 13 anos, tendo sido retomado em 2010.
"Dralion" é dominado por quatro personagens que representam os quatro elementos da natureza - fogo, ar, terra, água -, a partir das quais se desenvolvem as coreografias do espetáculo, que contam com bailarinos, acrobatas, cantores, palhaços e acrobacias com arcos, cordas, fitas.
Algumas das coreografias e técnicas são inspiradas na tradição das artes acrobáticas orientais, embora com uma apropriação moderna, enquadrada no perfil de novo circo do Cirque du Soleil.
"O nome do espetáculo deriva das duas criaturas emblemáticas: o dragão, que simboliza o Oriente, e o leão, que simboliza o Ocidente", afirma a promotora.
Depois de Lisboa, "Dralion" será apresentado na Rússia, Dinamarca, Suécia, Reino Unido, regressando no verão a Espanha, onde termina hoje uma temporada.
O Cirque du Soleil, que cumpre 30 anos em 2014, estreou-se em Portugal em 2007 com o espetáculo "Delirium".
Desde então já mostrou aos espetadores portugueses produções como "Varekai", "Quidam", "Saltimbanco", "Alegria" e, este ano, "The Immortal", de homenagem ao cantor Michael Jackson, e que foi uma das mais lucrativas digressões internacionais de 2013.
O ano que agora termina ficou marcado, para a companhia canadiana, por um anúncio de despedimento de 400 trabalhadores, para redução de custos, e pela morte de uma das artistas do espetáculo "Kà", que estava em cena em Las Vegas, nos Estados Unidos.
A companhia, que conta com cinco mil funcionários, faturou em 2012 cerca de 763 milhões de euros.
O Cirque du Soleil, que tem mais de uma dezena de espetáculos em simultâneo em cartaz em todo o mundo, começou em 1984 como uma pequena companhia fundada por dois antigos artistas canadianos, Guy Laliberté e Daniel Gauthier.