Comerciantes contabilizam prejuízos após incêndio no Mercado de Carcavelos

Comerciantes e funcionários da Câmara de Cascais estão hoje envolvidos em ações de limpeza e contabilização dos estragos causados por um incêndio que deflagrou na madrugada de domingo no Mercado de Carcavelos, estimando-se em milhares de euros os prejuízos.
 
João Matos e a família foram surpreendidos, na manhã de domingo, com a notícia de que um fogo tinha destruído parte do mercado, onde trabalham há mais de 40 anos. "Já sabemos que foi um frigorífico da padaria que entrou em curto-circuito e começou a arder. O meu pai tem aqui três talhos e estamos a contar com três ou quatro mil euros de prejuízo", disse.
 
Com várias horas já dedicadas a limpezas e reconstrução do espaço, João Matos conta que o negócio possa ser retomado dentro de alguns dias.
 
"Estão aqui técnicos da Câmara desde cedo a ajudar nas limpezas e, claro que já não há nada a fazer quanto aos prejuízos, mas, pelo menos, podemos voltar a trabalhar dentro de dois ou três dias", adiantou.
Dois restaurantes, padaria, frutaria, peixaria e três talhos compõem o Mercado de Carcavelos.
 
Na sequência do incêndio, quatro desses comerciantes ficaram sem os seus espaços, mas poderão instalar-se numa tenda provisória, junto ao mercado, que será montada pela Câmara de Cascais ainda hoje.
 
"Até ao final do dia a tenda estará instalada e esses comerciantes poderão dar continuidade aos seus negócios. Os restantes lojistas poderão fazê-lo nos seus locais, assim que os trabalhos de limpeza forem concluídos, em poucos dias também", disse à agência Lusa o vereador Nuno Piteira Lopes.
 
Segundo este responsável, as obras de restauro do mercado deverão estar concluídas em três meses e os prejuízos ainda estão a ser contabilizados.
 
"Desde as 08:30 de hoje que temos uma equipa de limpeza no local e também já começaram a ser feitas as obras. Estamos a fazer um orçamento dos prejuízos no mercado, mas ainda não temos números definitivos", acrescentou o vereador.
 
O Mercado de Carcavelos, reinaugurado em dezembro de 2014, após um investimento municipal de dois milhões de euros, é gerido pela Junta de Freguesia local.