O novo presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, pretende a sinergia de todas as partes para que os atletas possam corresponder às expetativas, numa altura de crise económica do país. O dirigente, que tomará posse no dia 03 de abril, sustentou que está a sentir "um elevado sentido de responsabilidade" e que pretende "ajudar na elevação do nível desportivo do país" numa altura em que existe "um contexto recessivo da economia e com o progressivo empobrecimento do país".
"Não é fácil trabalhar em contraciclo na área do desporto. Temos todos que trabalhar - as organizações desportivas, o Governo, os atletas e os treinadores - no sentido de minimizar os efeitos negativos dessa situação e procurar corresponder às expetativas que têm as nossas participações nos quadros internacionais", disse.
Para José Manuel Constantino o caminho passa "pela reorganização do Comité Olímpico de Portugal, medidas de colocação na agenda política dos principais problemas que afetam as federações desportivas".
"Quero corresponder às expetativas dos portugueses quando há Jogos Olímpicos. Isto é alcançar resultados desportivos", concluiu.
Nas eleições mais concorridas de sempre, com a totalidade das federações desportivas a fazerem uso do direito de voto, Vicente Moura, que agora cessa funções, diz sentir um "misto de sentimentos" após 16 anos consecutivos na liderança do COP.
"Tivemos uma votação maciça, com 100 por cento de votantes. Isso nunca tinha acontecido e mostra que o Comité Olímpico é uma instituição prestigiada, com créditos firmados. Foram 16 anos consecutivos como presidente. Se tenho um aspeto exterior mais gasto, interiormente continuo cheio de força e de orgulho para as metas que me comprometo no futuro", garantiu, dando assim a entender que irá se empenhar a fundo nas novas funções como dirigente do Sporting.