A CP - Comboios de Portugal está a estudar a substituição dos comboios da Linha de Cascais para ter uma "solução" pronta assim que avance a modernização da linha ferroviária de Cascais, que o Governo pretende candidatar ao ‘Plano Juncker’.
Em declarações à Lusa, o presidente da CP, Manuel Queiró, disse que a empresa está "a fazer a sua parte do trabalho para ter um novo comboio para a Linha de Cascais assim que existam condições estruturais".
"Estamos a avaliar se vale a pena dar um novo ciclo de vida a esse material ou avançar para um comboio novo", explicou, adiantando que a empresa está a debater as possibilidades com o Governo.
Sem adiantar mais pormenores sobre o processo em curso, Manuel Queiró salientou que as 17 automotoras da Linha de Cascais têm "muitos anos de vida", o que dá força à opção de aquisição de novo material circulante, em vez da renovação dos comboios em operação.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou no final de fevereiro a intenção de apresentar a modernização da linha ferroviária de Cascais ao ‘Plano Juncker’, que pretende mobilizar 315 mil milhões de euros nos próximos três anos para investimentos para a Europa.
Já antes o governante tinha rejeitado a possibilidade da Linha de Cascais ser concessionada, como o anterior governo pretendia, garantindo que "não será por concessão que o investimento será realizado".
O presidente da CP garantiu que, "até ao investimento ser realizado, não haverá nenhuma degradação do serviço".
Além da CP, o processo da modernização da Linha de Cascais envolve a Infraestruturas de Portugal, empresa liderada por António Ramalho, responsável pela gestão da rede ferroviária.