Cristo-Rei veste campanha contra mortes na estrada

Pedro Passos Coelho quer colocar Portugal entre os dez países da União Europeia com o mais baixo índice de sinistralidade rodoviária. Um objectivo “ambicioso” a atingir até 2015, mas “concretizável com o empenho de todos”.

O primeiro-ministro estabelecia esta meta durante a sessão de apresentação da campanha mundial “Década de Acção para Segurança Rodoviária”, apresentada ontem, dia 15, no santuário do Cristo-Rei, organizada pela ONU e apoiada pela Organiza Mundial de Saúde e pela Federação Internacional Automóvel (FIA).

A propósito desta campanha o monumento Cristo-Rei, durante os próximos dois meses, vai estar iluminado com cor amarela, promovendo a Campanha do Automóvel Clube de Portugal: “Juntos podemos salvar milhões de vidas”.

Apontando o número de mortos e vítimas que ficam incapacitadas em acidentes nas estradas mundiais como “impressionante, o primeiro-ministro comprometeu-se a avançar com a revisão do código da estrada que comportará medidas mais “exigentes” para quem transgredir, e reforça o estatuto do peão e ciclistas, “reconhecendo a sua maior fragilidade”. Entre estas medidas, haverá uma “maior exigência nas zonas residenciais”.

Na presença do Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, do presidente da FIA, Jean Todt, e dezenas de personalidades e instituições envolvidas na campanha, Pedro Passos Coelho ouviu o presidente do Automóvel Clube de Portugal, Carlos Barbosa lembrar que em 2011 morreram nas estradas do país 892 pessoas, sem contabilizar os falecimentos que ocorreram 30 dias depois de hospitalização devido a acidentes.

Para combater estes números, alertou que o Estado tem de disponibilizar mais verba para “relançar projectos e campanhas” para promover a segurança rodoviária. “Em 2011 e 2012 não houve concursos lançados pelo Governo”, referia o presidente do ACP.

Mesmo assim este organismo “tem lançado várias campanhas. Um dos projectos para este ano é a proclamação, anual, da capital jovem da segurança rodoviária, que pretende a colaboração das câmaras pela sua “importância nesta tarefa colectiva”. E “contamos com o Governo para ajudar Portugal a ser mais seguro em matéria rodoviária”, acrescentou Carlos Barbosa.

Para além desta campanha, o presidente do ACP referiu ainda o programa nacional de educação rodoviária desenvolvido em conjunto com as escolas, dirigido às crianças entre os 4 e os 7 anos, que envolve 50 mil alunos e três mil professores de Lisboa e Porto.