O secretário de Estado dos Transportes descreveu como um "incidente normal" o descarrilamento de uma composição do Metro de Lisboa ocorrido hoje na estação do Aeroporto, na linha vermelha, e que feriu o maquinista.
"Foi um normal incidente do ponto de vista da operação, que foi imediatamente resolvido", disse Sérgio Monteiro, em declarações à agência Lusa, à margem de um seminário sobre o Regime Excecional para a Reabilitação Urbana, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa.
Segundo o governante, a composição que teve "um ligeiro acidente em manobras" já estava equipada com o novo sistema de travagem eletromagnético, pelo que está afastada a hipótese de o descarrilamento ter sido provocado pela falha de travões.
"Foi um problema de manobras que está identificado, o departamento de segurança está a verificar, e que não põe em causa, obviamente, a segurança estrutural da circulação", explicou Sérgio Monteiro.
Em comunicado, o Metro de Lisboa informou que já está a decorrer um inquérito para apurar as causas do descarrilamento do comboio, ocorrido às 12:33.
A empresa acrescenta que o acidente aconteceu numa zona de manobras, pelo que não levava passageiros, tratando-se de "uma situação que não poderia ocorrer em exploração, uma vez que os sistemas e normas de segurança em exploração não o permitiriam e o sistema de travagem atuaria de imediato".
A linha vermelha foi reaberta à circulação às 16.10.
Fonte policial adiantou à Lusa que a composição descarrilou quando realizava uma inversão de marcha e que "não conseguiu parar a tempo e embateu na parede".
O acidente provocou ferimentos ligeiros no maquinista, de 42 anos, "com suspeita de fratura num punho e diversas escoriações", tendo sido transportado para o Hospital de São José, em Lisboa, de acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica.
No local estiveram uma ambulância e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do INEM, bem como, segundo fonte dos Sapadores Bombeiros de Lisboa, três viaturas deste regimento com 10 operacionais.