Em breve será possível comprar bilhetes da Carris pelo telemóvel

A Transportes de Lisboa, que engloba o Metropolitano, a Carris e a Transtejo, vai lançar, "muito brevemente", um projeto-piloto para a compra de títulos de viagem através de um sistema instalado no telemóvel, anunciou hoje o presidente da empresa.
   
"Estamos a trabalhar numa desmaterialização [...], numa ótica de complementaridade, da forma de pagar as viagens, que não seja através de um cartão virtual, como é o caso do Lisboa Viva, mas para passar a ser também através de um sistema que está no nosso telemóvel", revelou Tiago Farias.
 
Falando na conferência "Mobilidade Sustentável em Lisboa", que decorre na reitoria da Universidade de Lisboa, o administrador do Metropolitano, da rodoviária Carris e da Transtejo indicou que serão lançados "muito brevemente" os "primeiros projetos-piloto". "Tudo tecnologia portuguesa", frisou Tiago Farias.
 
Fazendo um ponto de situação sobre a atividade da empresa Transportes de Lisboa, o responsável referiu que se está a "inverter um processo que estava mais orientado para a sustentabilidade financeira".
 
"Estamos concentrados naquilo que consideramos que é o maior desafio que a Carris, o Metro e a Transtejo têm, que é melhorar e recuperar a qualidade do serviço que oferecem aos seus utilizadores, mas estamos, em paralelo, a fazer parte da visão estratégica da cidade de Lisboa", precisou Tiago Farias.
 
Nesse âmbito, o representante apontou que será lançado, "em outubro", um sistema de 'wi-fi' para os transportes da cidade.
 
"Está tudo bem encaminhado para tal", observou.
 
Ao mesmo tempo, "estamos a trabalhar em sensores que permitam reduzir a fraude que existe muito nos sistemas abertos, como é o caso dos autocarros, [...] e muito brevemente vamos fazer uma apresentação".
 
A empresa está ainda a "preparar uma candidatura muito grande" com vista à obtenção de fundos comunitários para a aquisição de autocarros com "energia mais limpa", adiantou.
 
O objetivo é conseguir uma "renovação em grande escala da frota", salientou Tiago Farias.
 
Todas estas medidas fazem parte de uma visão da empresa para "construir o futuro", adiantou o administrador, reconhecendo, contudo, que este é um "processo que demora tempo".
 
"Não se compram autocarros num mês, não se constrói uma linha ferroviária num ano, nem sequer se montam sistemas de 'bike sharing' em três semanas", exemplificou.