A modernização de escolas do ensino básico e pré-escolar e a requalificação da rede de abastecimento de água de zonas antigas de Almada são algumas prioridades do orçamento municipal para este ano, que hoje foi apresentado.
O orçamento, já aprovado pelo executivo municipal, tem uma dotação financeira de 112 milhões de euros, mas, segundo revelou o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas (CDU), este valor deverá ser acrescido de "mais 15 milhões de euros" na revisão orçamental de abril, dinheiro proveniente do saldo positivo da conta de gerência, de 40 milhões de euros.
"O município de Almada encerrou o ano de 2015 sem dívidas a fornecedores e com um grau de execução de 87,5% das despesas e de mais de 100% nas receitas", acrescentou o autarca comunista, em conferência de imprensa realizada no Fórum Romeu Correia, em Almada.
Além da modernização do parque escolar do ensino básico e pré-escolar, o município vai também renovar a rede de abastecimento de água e de saneamento básico na zona de Almada-Velha e avançar com a modernização da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) que serve o Hospital Garcia de Orta, fechando o ciclo de renovação das quatro ETAR do concelho.
Os Serviços Municipalizados de Almada, que este ano preveem investir cerca de 13 milhões de euros, deverão avançar ainda com a construção de um novo reservatório de água, um equipamento que permitirá a reposição do abastecimento de água mais rapidamente em situações de emergência, uma vez que a cidade de Almada deixará de estar totalmente dependente do atual reservatório do Pragal.
Questionada pelos jornalistas sobre o Plano de Pormenor da Fonte da Telha, que deverá ter custos elevados, a vereadora do Urbanismo na Câmara de Almada, Amélia Pardal, anunciou que o relatório da discussão pública, realizada no final do ano passado, deverá estar concluído até final deste mês, mas salientou que a fase de execução ainda deverá demorar alguns anos.
A vereadora do Urbanismo na autarquia lembrou que a intervenção na Fonte da Telha vai ser feita "em ligação com a comunidade piscatória" e que será necessário encontrar os meios financeiros necessários para a realizar.
"A Câmara de Almada tem a obrigação legal de elaborar o Plano de Pormenor, mas não tem a tutela daquele território", salientou Amélia Pardal, indicando que a intervenção necessária na Fonte da Telha ainda poderá demorar alguns anos, dado que também é necessário assegurar os meios financeiros para a realizar.
O Plano de Pormenor da Fonte da Telha, que visa a reconversão urbanística e o ordenamento de uma área de cerca de 16 hectares, resulta da necessidade de ordenamento daquela zona ribeirinha, de acordo com o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado, e prevê a demolição de mais de 500 edifícios.