Estacionamento pago para funcionários no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, é para continuar

A administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), que integra o Hospital de Santa Cruz, em Oeiras, assegurou hoje que o pagamento do estacionamento no parque desta unidade é para manter, apesar dos protestos dos funcionários.
Funcionários do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, concelho de Oeiras, estiveram hoje concentrados à porta do edifício, em protesto contra o pagamento de 40 euros mensais pelo estacionamento automóvel no parque do hospital, tarifa que vigora a partir de hoje.
Os trabalhadores mostraram-se "revoltados" por serem obrigados a pagar um estacionamento a que dizem ter direito.
Confrontada com as manifestações, a presidente do Conselho de Administração do CHLO, Maria João Pais, afirmou hoje à agência Lusa que o Hospital de Santa Cruz era o único dos três hospitais que integram o CHLO – que abrange também o Egas Moniz e o São Francisco Xavier - que ainda não tinha estacionamento pago.
"Os outros já têm parque pago há muito tempo. Não há razão para discriminar o de Santa Cruz. Além disso, há 350 lugares para os carros e um terço é público e gratuito", afirmou.
A responsável assegurou que a medida "é para continuar" e sobre o valor mensal a pagar, o qual os funcionários acusam de representar 10% do ordenado de um auxiliar, Maria João Pires considera: "se ganham tão pouco, então é estranho que vão de carro para o hospital".
A presidente da administração do CHLO frisou ainda que "há outras hipóteses de estacionamento nas imediações do hospital" e que a receita revertida com a nova medida será para investir nos serviços do Santa Cruz.
O protesto, convocado para as 08:00 à porta do hospital, gerou confusão no trânsito em Carnaxide, com uma fila de horas de espera que chegava à autoestrada A5.
As complicações prendiam-se com a fila para entrar no único parque de estacionamento gratuito para utentes e funcionários do Santa Cruz, que se recusam a deixar o carro num lugar pago e que, devido às horas de espera, chegaram atrasados ao serviço.
Contudo, segundo a presidente do Conselho de Administração do CHLO, todos os serviços do hospital funcionaram normalmente esta manhã.
As dificuldades no trânsito obrigaram à intervenção da polícia.